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Mercado de planos privados cresce dois dígitos por ano 25 anos Valor Econ?mico.txt
Devanir Silva: “O Brasil precisa encontrar uma solu??o para eles [trabalhadores de aplicativos]” — Foto: Ana Paula Paiva/Valor A reforma da Previdência,ígitosporanoanosValorEcon?roulette de manutention forte charge concluída em 2019, e as incertezas em rela??o ao futuro da aposentadoria pública deram novo impulso ao mercado de planos privados, que hoje abrange cerca de 15 milh?es de brasileiros. Desse total, 11,2 milh?es investiram em planos de previdência abertos, aqueles disponíveis para qualquer interessado e oferecidos por seguradoras; o restante está associado a planos fechados, que s?o os administrados para grupos específicos. Pode parecer pouco à primeira vista, já que se tratam de apenas 10% dos trabalhadores ativos - que hoje somam 102,8 milh?es - mas o fato é que o setor vem conquistando espa?o em um mercado competitivo, embora ainda pouco conhecido por boa parte da popula??o. A expans?o vem ocorrendo ano a ano, conforme demonstram dados da Federa??o Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Em 2001, a participa??o da previdência privada no PIB era de 0,82%, foi para 1,45% em 2010, até atingir 13,4% do PIB em 2024. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Também no ano passado, o setor cresceu 15%, acumulando patrim?nio de R$ 1,6 trilh?o, com aumento da capta??o líquida de 41,2%, ritmo que se manteve nos dois primeiros meses de 2025. Entre 2001 e 2010, ainda segundo a FenaPrevi, a alta foi de 630%. “O mercado previdência aberta vem crescendo a taxas de dois dígitos de forma consistente desde a pandemia, impulsionado, principalmente, pela reforma da Previdência de 2019. O INSS tem um grau de incerteza cada vez maior, o que leva as pessoas a pensarem em investir em poupan?a própria”, diz Felipe Bruno, vice-presidente comercial da Onze, fintech de previdência e investimentos que recentemente fez parceria com a Icatu. Um dos aspectos que chama a aten??o é a lideran?a do plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), com 91% da capta??o total bruta em 2024, de R$ 178 bilh?es. é um produto voltado para quem faz a declara??o simplificada do Imposto de Renda, aqueles com rendimentos mais baixos, o que reflete preocupa??o maior desse grupo em manter o padr?o de vida na aposentadoria, sem depender apenas dos benefícios do INSS. “Ao longo do tempo a tendência é que as pessoas passem a enxergar a necessidade de ter um plano de previdência com a mesma intensidade que enxergam o plano de saúde hoje. As mudan?as regulatórias recentes, como a previs?o de ades?o automática e a possibilidade de escolha do regime tributário no momento do resgate dos recursos, têm ajudado a fomentar o setor. Há muito espa?o para crescer, principalmente quando se compara a penetra??o de previdência de países mais desenvolvidos”, afirma Bruno. Estudo da Organiza??o para a Coopera??o e Desenvolvimento Econ?mico (OCDE), divulgado em 2023, mostra que os ativos previdenciários aumentaram mais rapidamente que o PIB nas últimas duas décadas entre os membros do grupo. A rela??o ativos/PIB média nesses países passou de 59% no fim de 2001 para 64% em 2011, e 105% em dezembro de 2021. Nove economias possuíam ativos previdenciários que superavam o PIB em 2021. Em 2011 eram seis e, em 2001, somente duas. Outro efeito direto da necessidade dos brasileiros em garantir complementa??o de renda na aposentadoria com valor superior ao teto do INSS, de R$ 8.157,41, é a expans?o dos planos família, criados pelos fundos de pens?o para familiares de seus participantes. Enquanto o setor de previdência fechada tem se mantido estável, os planos família cresceram 76% nos últimos três anos, com reservas acumuladas de R$ 2,3 bilh?es e 133 mil participantes, conta Devanir Silva, presidente da Associa??o Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que reúne planos com cerca de 3 milh?es de contribuintes ativos e patrim?nio de R$ 1,2 trilh?o. Entre os segmentos com grande potencial de crescimento, está o dos trabalhadores de plataformas e de aplicativos de servi?os. “O Brasil precisa encontrar uma solu??o para eles, que s?o 1,5 milh?o de pessoas. Estamos desenvolvendo na Abrapp algo que a índia está fazendo com sucesso que s?o as micropens?es, plataformas que transferem recursos para um fundo e juntamente com esse fundo se agrega apólice que garante a essas pessoas mais seguran?a em casos de doen?as e invalidez, além de um plano capitalizado. Tivemos uma reuni?o com a dire??o do iFood e estamos construindo uma proposta nesse sentido. Se nada for feito, eles v?o envelhecer apenas com benefício de presta??o continuada (inferior ao salário-mínimo). é o que resta.”