Dermatite atópica pode piorar com estresse, clima seco e produtos químicos; entenda
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h44)Estresse, depress?o e mudan?as no clima s?o alguns dos principais fatores que podem desencadear ou a
Dermatite atópica pode piorar com estresse, clima seco e produtos químicos; entenda
Estresse,ópicapodepiorarcomestresseclimasecoeprodutosquíjogo de chave combinada belzer depress?o e mudan?as no clima s?o alguns dos principais fatores que podem desencadear ou agravar a dermatite atópica, segundo especialistas.
Dermatite é um termo que abrange diversas condi??es do tipo inflama??o na pele, que causam vermelhid?o e descama??o.
Dermatite disidrótica, ou disidrose, uma das varia??es da doen?a, pode ocorrer em pessoas com dermatite atópica e também é frequentemente desencadeada pelo estresse emocional.
No Brasil, a dermatite atópica pode atingir até 25% das crian?as e cerca de 7% dos adultos.
De acordo com a dermatologista, a maioria das dermatites é cr?nica e também n?o há cura. No entanto, é possível controlar os sintomas com tratamento adequado.
Escama??o, manchas vermelhas, ressecamento, coceira e ardência nos pés e m?os s?o alguns dos sintomas de uma doen?a de pele conhecida como dermatite. Além das manifesta??es, a condi??o pode ser intensificada até mesmo por mudan?as climáticas e afetar pessoas de diferentes idades, segundo médicos.
Ao g1, a médica dermatologista Carla Rabello, de Sorocaba (SP), explicou que existem diferentes varia??es da doen?a, mas a dermatite atópica é a forma mais comum, afetando entre 10% e 15% da popula??o mundial. Além disso, estresse e depress?o s?o alguns dos principais fatores que podem desencadear ou agravar a condi??o, segundo a especialista. A resposta emocional influencia diretamente a fun??o imunológica e a inflama??o da pele.
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"Condi??es como essas contribuem para o agravamento da dermatite, interferindo na capacidade de lidar com a doen?a e na ades?o ao tratamento. O equilíbrio emocional e a qualidade do sono têm sido associados à melhoria da saúde da pele. O estresse cr?nico pode exacerbar a inflama??o, enquanto o descanso adequado favorece a recupera??o e a regenera??o da pele", diz.
A dermatite disidrótica, uma das varia??es da doen?a, pode ocorrer em pessoas com dermatite atópica e também é frequentemente desencadeada pelo estresse emocional. Essa varia??o é marcada pelo surgimento de pequenas bolhas com líquido transparente nos pés e m?os.
"As bolhas s?o acompanhadas de vermelhid?o ao redor e descama??o após o rompimento. Podem causar queima??o, ardência e coceira nos locais afetados. Geralmente, est?o relacionadas a suor excessivo, exposi??o a irritantes (detergentes, sabonetes), alergias (metais, plantas), infec??es e outras doen?as de pele, como micose ou dermatite atópica", diz.
De acordo com a médica dermatologista Luana Silva, também de Sorocaba, além dos problemas emocionais, as mudan?as bruscas no clima também s?o fatores agravantes para a doen?a. A redu??o da umidade acaba tornando a pele mais vulnerável à inflama??o.
1 de 8 Dermatologista Carla Rabello de Freitas mora em Sorocaba (SP) e explica sobre cuidados com sabonetes artesanais — Foto: Arquivo Pessoal
"Climas secos e frios normalmente pioram a dermatite, mas o calor também pode intensificar, principalmente devido ao suor da pele. Por isso, há fatores desencadeantes diversos, como clima seco e alérgenos do ambiente", explica a médica.
"O calor excessivo também pode gerar oleosidade em excesso, causando irrita??o local e dermatite. Polui??o, poeira, tecidos sintéticos e produtos de limpeza ou de higiene também podem agravar a condi??o", complementa Carla.
Produtos químicos domésticos e profissionais, tecidos sintéticos, poeira e produtos de higiene também podem desencadear crises, segundo Carla. Além disso, o banho quente também compromete ainda mais a barreira protetora da pele, explica a médica.
O banho quente, por sua vez, pode comprometer a integridade da barreira cutanea, resultando em coceira e feridas. O calor excessivo gera maior oleosidade, que, em excesso, também causa irrita??o local e dermatite. Além disso, é recomendada a preferência por tecidos leves e naturais e por produtos neutros e sem cheiro", diz.
No Brasil, a dermatite atópica pode atingir até 25% das crian?as e cerca de 7% dos adultos, segundo a dermatologista. A médica destaca que a doen?a também costuma estar ligada a uma predisposi??o genética, isto é, herdada dos pais. "A dermatite atópica também é frequentemente relacionada a outras condi??es alérgicas, como asma e rinite alérgica", complementa.
2 de 8 Médica Luana Silva, de Sorocaba (SP), explica sobre dermatite — Foto: Arquivo Pessoal
Varia??es da doen?a e tratamentos
Dermatite é um termo que engloba diferentes inflama??es da pele, caracterizadas por vermelhid?o e descama??o, segundo Carla. Além da atópica, as mais comuns s?o a seborreica e a de contato.
"A dermatite de contato é desencadeada pelo contato direto com substancias irritantes ou alérgicas, como produtos químicos, metais ou plantas. Já a seborreica afeta áreas ricas em glandulas sebáceas, como couro cabeludo, orelhas, sobrancelhas e asas do nariz, e está associada à produ??o excessiva de óleo e à presen?a de um fungo chamado Malassezia”, diz a médica.
De acordo com a dermatologista, a maioria das dermatites é cr?nica e também n?o há cura. No entanto, é possível controlar os sintomas com tratamento adequado. Carla explica que o diagnóstico é fundamental, porque, embora os sintomas sejam semelhantes, algumas características específicas ajudam a diferenciar os tipos e garantir o tratamento correto.
“De forma geral, é importante restaurar a barreira da pele utilizando hidratantes que contenham ceramidas e ingredientes calmantes, como alantoína, alfa-bisabolol e óleo de semente de uva. Recomenda-se evitar substancias agressivas, como ácido salicílico e ureia, que podem irritar ainda mais a pele”, explica.
Os corticosteróides, medicamentos anti-inflamatórios aplicados diretamente na pele, também s?o úteis para reduzir inflama??o e coceira, segundo a especialista. Caso haja uma infec??o secundária, é necessário utilizar antibióticos ou antifúngicos em forma de pomada.
"Além disso, anti-histamínicos podem ser indicados para aliviar a coceira. Esses medicamentos devem ser utilizados por, no mínimo, 15 a 20 dias para interromper o ciclo de libera??o de histamina no organismo. Um acompanhamento médico é sempre recomendado para garantir a escolha do tratamento mais adequado e seguro", orienta.
'Mexe bastante com a autoestima'
3 de 8 Juliana Terezinha Del Po?o, de Sorocaba (SP), relata problemas de autoestima por conta da dermatite — Foto: Arquivo Pessoal
Juliana Terezinha Del Po?o, de 27 anos, mora em Sorocaba e foi diagnosticada com dermatite há poucos anos. Ela conta que, além dos problemas com os sintomas físicos de coceira, ressecamento e vermelhid?o, a condi??o afeta sua autoestima.
"Algumas vezes as pessoas perguntam se é contagioso ou fazem comentários que me deixam desconfortável. Isso mexe bastante com a autoestima. Acho que os sintomas físicos s?o muito inc?modos, mas o impacto emocional acaba pesando, principalmente pela inseguran?a com a aparência", desabafa.
Ela relata que, durante os períodos de crise, evita mostrar a pele e costuma ficar mais retraída. No entanto, refor?a que, aos poucos, tem aprendido a lidar com os impactos causados pela doen?a.
"às vezes tenho que evitar determinadas roupas, lugares muito quentes ou até atividades que me deixem suada. Também atrapalha o sono quando a coceira é intensa, o que influencia no meu rendimento no dia seguinte. Mas aos poucos tenho aprendido a lidar melhor e a n?o deixar a doen?a me definir", relata.
4 de 8 Juliana Terezinha Del Po?o, de Sorocaba (SP), sofre com a dermatite — Foto: Arquivo Pessoal
'Gasto dois cremes por mês'
Alessandra Tiseo e seu filho, Ismael Tiseo, de Sorocaba, também sofrem com a dermatite atópica. A m?e relata que, além dos problemas na pele, a doen?a também impacta a vida financeira. Os produtos utilizados para tratar a dermatite s?o específicos, sem cheiro e com propriedades calmantes, e por isso o valor fica em torno de R$ 80 a R$ 150.
“Eu gasto dois cremes por mês, cerca de R$ 300. Além disso, meu filho também tem dermatite nas pálpebras, e por isso preciso comprar dois colírios lubrificantes por mês, sem corante e sem cheiro, ao custo de R$ 86", revela.
"A única coisa que consigo gratuitamente é pomada, que vem em quatro tubinhos. No entanto, n?o é suficiente, porque preciso comprar outros tubos, que totalizam R$ 100. Também gasto com sabonete corporal de bebê, já que agride menos a pele. é muito difícil”, finaliza.
5 de 8 M?e e filho de Sorocaba (SP) sofrem com dermatite — Foto: Arquivo Pessoal
6 de 8 Alessandra Tiseo e seu filho, Ismael Tiseo, de Sorocaba (SP), sofrem com a dermatite atópia — Foto: Arquivo Pessoal
7 de 8 Dermatite é uma doen?a que n?o tem cura — Foto: Arquivo Pessoal
8 de 8 Dermatite é uma doen?a de pele que provoca coceira, vermelhid?o, entre outros sintomas — Foto: Arquivo Pessoal
*Colaborou sob supervis?o de Gabriela Almeida
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