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Lideran?a na produ??o de energia renovável torna Brasil atrativo para investimentos Energias renováveis Valor Econ?mico.txt
No ano em que sediará a COP30,?anaprodu??odeenergiarenováveltornaBrasilatrativoparainvestimentosEnergiasrenováveisValorEcon?jogo homescapes a primeira na Amaz?nia, o Brasil convive com desafios trazidos pela diversifica??o da matriz energética, com avan?o das fontes variáveis, como solar e eólica, e descentralizadas, como a gera??o distribuída (GD) solar. Segundo a consultoria Ember, o país é líder em renovabilidade na matriz elétrica entre as 20 maiores economias do mundo, com 89% da eletricidade oriunda de fontes renováveis - o triplo da média global, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). De 2024 a 2034, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê investimentos de R$ 600 bilh?es no país em transmiss?o e gera??o, com destaque para renováveis. A expans?o rumo a uma transi??o energética equilibrada implicará superar obstáculos, como reduzir encargos e subsídios, oferecer flexibilidade, criar um sistema de precifica??o mais aderente à realidade da opera??o e aprimorar a governan?a setorial. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Leia mais: Diversifica??o da matriz elétrica demanda novo modelo setorialGoverno terá de arbitrar cortes de gera??o de energia renovávelPainel solar gera embate com concessionáriasCarros elétricos viabilizam reciclagem de baterias Se nas últimas duas décadas o país teve leil?es de contrata??o de nova energia, agora o foco está em transmiss?o, potência e armazenamento. O Operador Nacional do Sistema (ONS) trabalha com inflexibilidade de 75% dos recursos energéticos, ou seja, há cada vez mais dificuldade para despachar livremente energia das fontes quando há algum desafio no caminho. Ganha relevancia o conceito de reserva de potência, espécie de folga para que o sistema possa atender rapidamente a demandas extremas. “O sistema vive uma situa??o diametralmente diferente dos últimos 20 anos: está restrito em potência e com folga de energia, e essa potência n?o é mais gratuita”, afirma o diretor de planejamento do ONS, Alexandre Zucarato. Em apresenta??o na Academia Nacional de Engenharia, ele disse que leil?es de potência ser?o relevantes e podem ter demanda de 3 GW por ano daqui para frente. Em fevereiro, em uma onda de calor, o país bateu cinco recordes de demanda instantanea de energia no horário de pico, no meio da tarde, em raz?o do uso de ar-condicionado. Parte dessa demanda é atendida pela GD solar. Mas quando o sol se p?e, o ONS tem de acionar 30 GW que deixaram de ser gerados pela GD. Para aumentar a seguran?a, o governo deve realizar em junho um leil?o de reserva de capacidade, que já tem 74 GW de projetos cadastrados - 67% em termelétricas novas, 30% em termelétricas existentes e 3% em amplia??es de hidrelétricas. Também poderá ser realizado este ano um leil?o de armazenamento. No leil?o de reserva, a Engie cadastrou duas hidrelétricas com capacidade de expans?o: Jaguara (entre SP e MG) e Salto Santiago (PR). A empresa avalia que os leil?es podem ser mais recorrentes em fun??o da necessidade de recursos flexíveis e controláveis à disposi??o do ONS. “Os montantes futuros a serem contratados dependem de diversas variáveis, como o crescimento da demanda e das fontes n?o controláveis, bem como do próprio resultado deste leil?o”, diz Marcos Keller, diretor de regula??o e mercado da Engie Brasil Energia. “Em estudos recentes do planejador [ONS], aponta-se para 2030 um requisito de potência da ordem de 10 GW, ou próximo a 15 GW em um cenário superior, podendo chegar a aproximadamente 40 GW em dez anos, ou acima de 60 GW em um cenário superior”, cita Marcelo Lopes, diretor de hidráulica da Neoenergia, que avalia a participa??o no leil?o de reserva de capacidade considerando a amplia??o de um dos ativos hidrelétricos do grupo. O certame movimenta também o setor de gás natural. Boa parte das térmicas em opera??o come?aram a gerar energia no come?o dos anos 2000, diante do racionamento de 2001. Cerca de 10 GW em capacidade - quase a mesma potência da hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo - ter?o contratos concluídos até 2028. A Eneva poderá entrar na licita??o com cerca de 1 GW em projetos de recontrata??o de térmicas a gás natural e 1,2 GW de um projeto termelétrico. Também olha a inten??o do governo de realizar um leil?o de armazenamento de energia. “Essa oferta de servi?os ancilares, quando regulada, poderá criar um mercado”, afirma Marcelo Lopes, diretor de marketing, comercializa??o e novos negócios da Eneva. Um dos problemas é direcionar a produ??o do Nordeste para consumo na própria regi?o O leil?o ainda amplia as discuss?es sobre os custos (e seu rateio) da expans?o do sistema, que hoje ocorre basicamente por subsídios, observa o presidente da PSR, Luiz Barroso. “Se flexibilidade é um produto a ser contratado, quem a causa deveria pagar sua parte.” Outro ponto s?o os cortes de gera??o renovável (curtailment) promovidos quando há excesso de demanda e poupam a GD solar. A Associa??o Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) alega que os cortes s?o atribuíveis a geradoras, enquanto a GD se conecta à rede como unidade consumidora - e, portanto, n?o deveria ser afetada. Para o futuro, cresce a expectativa sobre a possibilidade de atra??o de grandes cargas de eletricidade, com destaque a projetos de hidrogênio verde (H2V) e data centers. Com uma matriz diversificada e limpa, o Brasil ganha destaque nesse contexto, mas será preciso superar obstáculos para que n?o haja mais corte de gera??o renovável ou aumento de gera??o térmica na base, diz o consultor Luiz Maurer. Projetos desse porte podem exigir refor?os em subesta??es e investimentos em novas linhas de transmiss?o que poderiam ser dedicadas a essas instala??es. Esses servidores movimentaram US$ 4,6 bilh?es em 2024 no Brasil (1,4% do mercado global), e o país tem potencial para aumentar sua presen?a no segmento. Além de ser a maior economia da América Latina, possui alta taxa de conectividade entre a popula??o - é um dos três maiores mercados da Netflix e das redes sociais no mundo, por exemplo. Isso pode levar a uma concentra??o de data centers para streaming e telecomunica??es no Sudeste, regi?o de maior consumo. Por outro lado, como boa parte das usinas eólicas e solares est?o no Nordeste, essa concentra??o de servidores pode levar a mais curtailment e ociosidade no escoamento da energia. “Um dos desafios do país é fazer com que a produ??o de energia do Nordeste possa ser direcionada para a própria regi?o”, destaca o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Edvaldo Santana. Há outros obstáculos. Projetos de H2V têm perdido ímpeto em raz?o, principalmente, do fim de subsídios para o novo energético e do custo de produ??o até quatro vezes acima do previsto inicialmente, aponta estudo do JP Morgan.