'Implorei por ajuda' diz jovem que denuncia racismo em bar de Maceió; caso está sendo investigado
xsxxl
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 19h00)Júlia Neves e seu namorado denunciaram terem sofrido racismo em um bar na capital alagoana.Segundo e
'Implorei por ajuda' diz jovem que denuncia racismo em bar de Maceió; caso está sendo investigado
Júlia Neves e seu namorado denunciaram terem sofrido racismo em um bar na capital alagoana.
Segundo eles,ócasoestámega sena concurso2072 quando estavam esperando um carro por aplicativo para irem para casa, cinco pessoas passaram a encarar, bater na mesa onde eles estavam e acusá-los de furtar um objeto.
No vídeo, Júlia conta que quatro homens, sendo um deles o seguran?a do bar, e uma mulher, que se apresentou como coronel, obrigaram Júlia a abrir a bolsa para provar que ela havia furtado alguma coisa.
Após Júlia falar que n?o havia furtado nada, a mulher presente no grupo disse que teria sido seu namorado que colocou na bolsa dela.
O que era para ser uma noite de divers?o e comemora??o do aniversário de uma amiga, terminou em violência para um casal de jovens na última segunda-feira (1), no bairro do Prado, em Maceió. Em um vídeo nas redes sociais (confira acima), Júlia Neves Marinho de Almeida e o namorado, Jo?o Roberto de Lira Santos Júnior, denunciaram terem sido vítimas de racismo sofrido em um bar na capital alagoana. O vídeo gerou como??o.
Segundo eles, quando estavam esperando um carro por aplicativo para irem para casa, cinco pessoas passaram a encarar, bater na mesa onde eles estavam e acusá-los de furto.
A Secretaria de Estado de Seguran?a Pública (SSP-AL) informou que a vítima realizou um Boletim de Ocorrência na delegacia virtual. O caso foi registrado como calúnia e os procedimentos investigativos já foram abertos. O casal precisa comparecer a alguma delegacia para prestar depoimento e dar continuidade às investiga??es.
?Clique aqui para seguir o canal do g1 AL no WhatsApp
O namorado de Júlia, Jo?o Roberto, disse que apesar da ocorrência ter sido registrada como calúnia, eles acreditam que a ocorrência foi registrada de forma errada.
"A gente sabe que isso n?o foi só calúnia. Isso tem nome e isso é racismo. Ent?o a gente tá tomando todas as medidas legais para poder resolver essa situa??o e [estamos] em busca de justi?a", comentou Jo?o.
Vídeo
No vídeo, Júlia conta que quatro homens, sendo um deles o seguran?a do bar, e uma mulher, que se apresentou como coronel, obrigaram Júlia a abrir a bolsa para provar que ela havia furtado alguma coisa.
De acordo com o estabelecimento, o colaborador apresentado no vídeo foi afastado (confira a nota no fim dessa matéria).
"Um deles já chegou me mandando abrir a bolsa e na hora eu n?o entendi. Perguntei 'como assim abrir a minha bolsa? 'Aí o outro falou que tinha sido furtado e queria conferir se n?o estava na minha bolsa”, disse a jovem no vídeo.
A Polícia Militar também se pronunciou através de nota. Informou que recebeu um chamado através do 190 onde uma terceira pessoa relatou o fato e informou que os suspeitos já n?o se encontravam mais no local. Segundo a nota, a vítima foi orientada para se dirigir até a delegacia mais próxima. A nota n?o informa sobre a mulher que se apresentou como coronel da PM (leia na íntegra ao final do texto).
Após Júlia falar que n?o havia furtado nada, a mulher presente no grupo disse que teria sido seu namorado que colocou na bolsa dela. Júlia contou também que tentou resistir à abordagem, mas depois de muito constrangimento, resolveu abrir a bolsa. Nela n?o tinha nada além de caderno e estojo. Júlia havia saído da faculdade, onde cursa jornalismo, e foi para o bar.
LEIA TAMBéM:
Entenda a diferen?a jurídica entre os crimes de racismo e injúria racial
Além disso, o casal também informou que tentou pedir ajuda aos policiais que passavam pelo local em uma viatura, mas eles n?o ajudaram. Segundo eles, os militares disseram que Júlia deveria chamar menos aten??o.
"Mais quantos de nós ter?o que passar por isso? Porque nós sempre temos que nos provar inocentes? Essas pessoas acham que podem fazer e se isentar de tudo, mas nós buscaremos justi?a", disse o casal nas redes sociais.
Ainda nas redes sociais, Júlia afirmou ter procurado o Instituto Negro de Alagoas (INEG/AL), que deve orientar o casal nas medidas cabíveis.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Bombar vem a público se manifestar sobre o episódio lamentável ocorrido recentemente no estabelecimento. Inicialmente, queremos expressar nosso mais profundo pedido de desculpas às pessoas diretamente envolvidas e a todos os nossos clientes, amigos e frequentadores. Sentimos muito por qualquer dor ou desconforto causado.
Informamos que o colaborador apontado no vídeo foi afastado imediatamente de suas fun??es, e estamos apurando com rigor todos os detalhes do ocorrido para que as medidas cabíveis sejam tomadas com a máxima responsabilidade.
Ressaltamos que, em mais de 11 anos de atua??o, esse foi um fato totalmente isolado em nossa história e queremos deixar claro que n?o compactuamos, jamais compactuaremos, nem toleraremos qualquer tipo de discrimina??o ou atitude racista em nosso ambiente.
Nosso compromisso sempre foi e continuará sendo com o respeito, a inclus?o e a promo??o de um espa?o seguro e acolhedor para todos que admiram e fazem parte da cena cultural local. Vamos investir em a??es de sensibiliza??o e capacita??o de nossa equipe, para que episódios como este nunca mais se repitam.
Agradecemos a todos que confiam em nosso trabalho e permanecem ao nosso lado. Seguimos abertos ao diálogo e comprometidos com a constru??o de um ambiente verdadeiramente diverso e respeitoso.
O Bombar é um espa?o que nasceu e se mantém na periferia da zona sul de nossa cidade com o propósito de ser um lugar de encontro, diversidade e inclus?o. Nossa trajetória sempre foi construída em diálogo com diferentes grupos sociais, culturais e artísticos, sem jamais adotar práticas de repress?o ou discrimina??o contra qualquer pessoa, seja por ra?a, gênero, orienta??o sexual ou pertencimento a minorias.
Reiteramos nosso compromisso de acolher e apoiar o casal envolvido neste episódio.
Seguiremos firmes em nosso propósito: ser um espa?o de convivência, respeito e celebra??o da diversidade, sempre aberto para todos.
Maceió - AL, 04 de setembro de 2025.
NOTA - POLíCIA MILITAR DE ALAGOAS
A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) informa que, na noite de ter?a-feira (02), recebeu uma liga??o via 190 relatando um possível caso de constrangimento ilegal em um estabelecimento comercial localizado na Rua álvaro Marinho, no bairro do Prado, em Maceió.
A liga??o foi direcionada à mesa de despacho do 1o Batalh?o, setor do 190 responsável pelo atendimento das ocorrências na área do bairro. Durante o contato, uma terceira pessoa que prestava apoio à vítima confirmou a situa??o e informou que os suspeitos já haviam deixado o local. Diante disso, a orienta??o repassada foi para que a vítima se dirigisse a uma delegacia e registrasse a ocorrência junto à Polícia Civil.
1 de 1 Casal denuncia racismo em bar de Maceió — Foto: Reprodu??o/Redes Sociais
Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL
50 vídeos
Leia mais notícias da regi?o no g1 AL
NEWSLETTER GRATUITA
Antarcticas_volatile_Deception_Island.txt
GRáFICOS
BBC Audio Sporting Witness.txt
Navegue por temas