'Pelas Cozinhas de Minas' mostra as abelhas que est?o ganhando fama no mercado exterior
O próximo passo da Revolu??o Industrial será priorizar as pessoas Accenture Valor Econ?mico.txt
Tecnologia como aliada: conceito de robótica como substituta de m?o de obra já está ultrapassado — Foto: AdobeStock Inteligência artificial (AI),óximopassodaRevolu??oIndustrialserápriorizaraspessoasAccentureValorEcon?mega sena 2019 setembro uso de dados, internet das coisas (IoT) e computa??o em nuvem s?o os conceitos presentes na era da Quarta Revolu??o Industrial, ou Indústria 4.0. O processo de desenvolvimento tecnológico, que teve início no século 18, visa agora automa??o dos processos fabris. Um novo ciclo de inova??es já está em curso, mas com tendência de ser mais focado no lado humano. De acordo com Augusto Moura, managing director de Industry X da Accenture, consultoria de gest?o, tecnologia da informa??o e “outsourcing”, boa parte da indústria se encontra na fase de otimiza??o de processos — com a implementa??o do uso de dados e algoritmos em diferentes níveis de maturidade. Para ele, a Indústria 4.0 é um conceito ainda em andamento e que pode ter um longo caminho a percorrer. “O Jap?o e os Estados Unidos, por exemplo, contam com a robótica mais avan?ada. Já o Brasil tem tido bons resultados em energia renovável e suas aplica??es”, afirma. “Todos embarcaram nessa jornada, com foco em crescimento e na tecnologia, mas ainda têm melhorias a fazer. A indústria 4.0 está em processo de evolu??o e ainda n?o alcan?ou todo o seu potencial.” Valoriza??o do capital humano Agora, a proje??o é que o novo ciclo de revolu??o industrial, independentemente do nome ou número que venha a ter, conte com três grandes pilares: “human centricity”, sustentabilidade e resiliência, como conta Fábio Carvalho, associate director de Industry X da Accenture. “As pessoas passam a ser vistas de forma mais ampla, a sustentabilidade deixa de ser uma meta coadjuvante e passa a ser o propósito da indústria e, depois dos picos da pandemia e dos impactos da guerra, n?o tem como n?o ser resiliente em diversos aspectos da empresa”, comenta. “Esses cenários de incertezas comprovam, por exemplo, que o rigor e a disciplina exagerados no planejamento nem sempre funcionam, porque a execu??o é sempre sujeita à volatilidade e aos imprevistos. Assim, em alguns casos, vale mais investir em flexibilidade e na capacidade de agir rápido frente às mudan?as”. A tecnologia n?o perderá espa?o e ainda será prioridade, explica ele, mas o olhar para os negócios será macro, através de lentes cada vez mais diversas e valorizando diferentes habilidades. “Esse é um processo natural das tecnologias exponenciais”, diz Carvalho. “Uma vez que uma inova??o é implementada, ela abre possibilidades e necessidades que n?o eram consideradas. Quando pensamos nas práticas de gest?o de ativos e manuten??o inteligente, por exemplo, 80% dos fatores críticos de sucesso est?o associados a aspectos humanos.” Se antes havia a ideia, e até certo receio frente às inova??es, da robotiza??o como substituta de m?o de obra, agora fica forte o conceito de colabora??o entre homens e máquinas. A tecnologia tornou-se aliada e permite cada vez mais automatizar processos insalubres, possibilitando exercer o trabalho com mais seguran?a. “Temos atividades em que é preciso lidar com explosivos, grandes temperaturas, press?es ou manuseio de cargas pesadas. A robotiza??o resolve essas quest?es, ou pelo menos ameniza, e a a??o humana passa a ser mais relevante”, afirma Carvalho. “No Brasil, podemos ver isso na prática: clientes interessados em reduzir as atividades perigosas, colocar pessoas para exercer o que podem fazer melhor, além do desejo de investir em diversidade. E esse é um movimento difícil de reverter, há pouca (ou nenhuma) possibilidade de retrocesso.” Futuro incerto, mas otimista Conceito de colabora??o entre humanos e máquinas está cada vez mais forte — Foto: AdobeStock Moura ressalta outro aspecto importante do foco no lado humano: essa característica vai ao encontro da nova gera??o que, muito em breve, entrará para o mercado de trabalho e ainda n?o consegue se enxergar representada no modelo vigente. Mais uma evidência de que esse seria, de toda forma, o caminho natural da evolu??o. “Hoje, a indústria n?o compete por talentos apenas com outras manufaturas, mas com o mercado inteiro”, diz Moura. “A nova gera??o olha para os aspectos da Quarta Revolu??o Industrial e n?o reconhece como poderia fazer parte dela. Por isso, é primordial criar novos espa?os condizentes com essa necessidade.” O executivo explica que, para além dos três pilares, n?o é possível fazer previs?es futurologistas das inova??es ou mudan?as que devem acontecer. Em um contexto ainda mais distante, principalmente se for considerado que muitas das previs?es de longo prazo feitas até hoje n?o se concretizaram, ele garante que esse futuro deve ser esperado com otimismo. Moura lembra que uma nova tecnologia ou ideia costumava chegar para substituir outra. Como o telégrafo, que caiu em desuso depois da inven??o do telefone. Ou o próprio telefone, que ficou obsoleto com a internet. Hoje, os resultados de uma evolu??o somam-se aos resultados de outras e tornam-se cada vez mais complexos e colaborativos. “Com as tendências voltadas à diversidade, sustentabilidade e resiliência, posso dizer que sou otimista ao olhar para a frente e imaginar um cenário cada vez melhor para a Humanidade”, afirma. Para Carvalho, uma proje??o já em curso e que vale destacar é o forte movimento de integra??o horizontal nos negócios. O conceito envolve quebra de silos até mesmo fora da organiza??o. “A tendência é que haja uma busca pelo máximo global e n?o apenas pelo local”, diz. “E isso inclui a empresa, seus fornecedores e clientes, em um processo que engloba e impacta toda a cadeia, e n?o apenas o próprio negócio.” Industry X Tecnologia é aliada na hora de simplificar processos e atividades — Foto: Getty Images A área de Industry X da Accenture olha para esses movimentos pensando em como ajudar os clientes a repensar estratégias. é um termo cunhado para denominar um conjunto de a??es perenes e constantes, que resulta nas transforma??es da indústria ao longo do tempo. A consultoria, presente em mais de 120 países, acompanha ao longo do tempo as mudan?as de ponta a ponta e ajuda a impactar a cadeia como um todo. “Percebemos que esse processo de revolu??es que se entremeiam em conjunto é um ciclo sem fim. N?o estamos na primeira nem na última mudan?a”, afirma Moura. “E temos que estar preparados para lidar com qualquer tendência em curso. Temos a miss?o e o compromisso com o pioneirismo, com a percep??o de movimentos, estando à frente das a??es para multiplicar os conhecimentos. Antecipamos tendências para impedir que as empresas percebam isso apenas na prática, quando a mudan?a já está em andamento.” Carvalho refor?a que a Accenture está presente em várias indústrias distintas que podem adotar práticas semelhantes. A organiza??o opera para que se tornem melhores, mais eficientes e ainda fomentem as mudan?as de forma positiva para empresas, funcionários, meio ambiente e a sociedade, com impacto exponencial. “Os grandes ‘players’, de forma majoritária, reconhecem esse movimento em dire??o aos três pilares”, diz Moura. “A diferen?a entre eles é o contexto em que vivem: enfrentam desafios específicos e precisam de planejamentos personalizados para fazer parte da mudan?a. Algumas empresas já têm esse conceito mais lapidado, mas vemos que se trata de uma discuss?o bem ampla e ‘top down’, conectada às estratégias da companhia.” Conhe?a mais sobre Industry X