The return of Cambodia's food lost during the Khmer Rouge regime

Agro 5.0: é possível medir a importancia do agro em Santa Catarina?

Moderniza??o,épossívelmediraimportajogar bingo 3000 treinamento, qualifica??o e investimentos de produtores rurais, agroindústrias e cooperativas consolidam a produ??o agropecuária catarinense orientada para resultados de excelência. Atento às necessidades e anseios de mercados cada vez mais exigentes e em constante mudan?a, Santa Catarina agrega os títulos de maior produtor nacional de ma??, suínos, cebola, pescados, ostras e mexilh?es, do segundo lugar no ranking quando se trata de produ??o de tabaco, palmito, aves, pera e arroz, além de ser o quarto maior produtor de leite.

Representando praticamente um ter?o do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina, o agronegócio contempla 31% da produ??o econ?mica estadual. Com expectativa de gera??o de quase US$1 bilh?o de dólares de faturamento em exporta??es da agroindústria neste ano, José Antonio Ribas Junior, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC), acredita que o agro é uma alavanca, está na base da forma??o econ?mica.

– Se essa base diminuir, todos os dados ficam fragilizados, o movimento econ?mico acaba sendo afetado. Por isso, olhar para o agro é importante.

> Suínos, aves, soja: O que Santa Catarina mais produz?

O agro faz parte da vida de Heliton de Andrade desde a infancia. Nascido em 1996, passou a estar atento às atividades do pai desde a compra da propriedade em 2001, com foco em agricultura organica. Em 2014, cursou técnico em agroecologia e retornou para trabalhar com a produ??o local.

– Nesse tempo, sempre fui aprendendo junto, sempre gostei muito dessa área. Nossa rotina é trabalhada nos cultivos de fruticultura, hortali?as, tubérculos, a propriedade é bem diversificada. Em alguns dias realizamos o manejo, plantio e cuidado das plantas. Na ter?a costumamos realizar as entregas, pois trabalhamos com a merenda escolar aqui no município de Alfredo Wagner e, em alguns dias da semana, fa?o assistência técnica em outras propriedades, auxiliando os agricultores.

Com a experiência, os resultados puderam ser otimizados. O produtor rural cita que tinha dificuldades com a comercializa??o e passou a realizar a venda direta – e entre os planos futuros está a funda??o de uma cooperativa em parceria com outras famílias. O produtor já iniciou os trabalhos com o turismo rural e participa do programa Acolhida na Col?nia, que proporciona hospedagens na propriedade. Em breve, um chalé será disponibilizado no local.

Exporta??es do agronegócio

As exporta??es do agronegócio catarinense apresentaram eleva??o de 10,2% no primeiro semestre deste ano, totalizando US$474,6 milh?es, segundo análise do Observatório da Federa??o das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). De acordo com a entidade, o aumento ocorreu devido às safras positivas de gr?os e vendas de carnes suína e de aves, principalmente para China, Jap?o, Singapura e índia. As vendas ainda aumentaram para a América Latina, com destaque para venda de soja para Argentina, carne suína e miúdos de aves para o México, arroz para a Venezuela, e carne suína para o Chile.

Com faturamento de US$7,5 bilh?es, o agronegócio respondeu por 64,4% do valor total de exporta??es no ano passado, com destaque para produtos de origem animal e florestais, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. Ao todo, foram 6,5 milh?es de toneladas de produtos embarcados, principalmente carne de frango, carne suína, madeiras e soja. As receitas das exporta??es subiram 8,5% frente ao ano anterior.

Gera??o de empregos formais

No primeiro semestre deste ano, a agropecuária foi responsável pelo saldo positivo com gera??o de 381 novas vagas de trabalho no estado catarinense, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No ano passado, a agropecuária teve um saldo positivo de 666 empregos. A agroindústria sustenta cerca de 60 mil empregos diretos e 480 mil empregos indiretos, além de uma base formada por 66 mil produtores rurais integrados, conforme informa??es da Federa??o da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc).

Segundo o Sindicarne, a agroindústria emprega mais de 500 mil pessoas no estado. Considerando cooperados e integrados, s?o pelo menos mais 100 mil pessoas, impulsionando a movimenta??o econ?mica local.

Valor da produ??o agrícola e área plantada

O valor da produ??o agrícola catarinense atingiu R$20,1 bilh?es no ano passado, com o estado no décimo lugar entre as Unidades da Federa??o nesse indicador. Em termos nominais, o montante subiu 16,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a área plantada ou destinada à colheita no ano passado foi de 1.670.851 hectares, alta de 6,2%. Assim, o estado ocupa a 13o posi??o neste indicador.

Assegurar o futuro do agro com maior competitividade

A sanidade animal é valorizada mundo afora. O estado conta com um status sanitário diferenciado, o que possibilita acesso a mercados mais exigentes a nível mundial. Santa Catarina é reconhecido pela Organiza??o Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacina??o e, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica.

Para Ribas, no entanto, enquanto o pedido de hoje tem como foco custo e qualidade, com aspecto sanitário sendo um diferencial para SC, a sustentabilidade e precis?o, como foco na rastreabilidade, s?o demandas que ser?o cada vez mais valorizadas no futuro.

Para manter a competitividade internacional do agronegócio catarinense, algumas frentes precisam de aten??o redobrada. A transforma??o digital segue como uma tendência para aumento da competitividade, com controles mais rígidos na unidade produtora, ainda que o estado precise aprimorar a qualidade e cobertura de banda larga no ambiente rural. Entre as demais pautas, olhar voltado ao êxodo rural e contrata??o de m?o-de-obra mais especializada, continuidade do fomento à tecnologia e melhorias logísticas, com investimento em ferrovias, s?o necessários para garantir um futuro promissor para uma atividade com o potencial de gera??o de emprego e renda do agronegócio.

> O que o agro catarinense espera para 2024

Ribas lembra que um estado com apenas 95,7 mil km2 de área territorial é responsável por mais de 50% das exporta??es de suínos do Brasil, primeiro lugar no ranking, e 23% das comercializa??es de frango ao mercado externo, atrás apenas do Paraná. Na opini?o de Ribas, os números refletem a história de sucesso, mas n?o s?o garantia da continuidade da lideran?a qualitativa e quantitativa catarinense. Alguns gargalos, se n?o resolvidos, tirar?o a competitividade frente a outros estados que vem crescendo de forma acelerada, como Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

O gargalo logístico é um dos principais, segundo Ribas, e n?o contempla somente uma malha ferroviária, o que seria uma pauta de longo prazo, mas em rodovias, em curto prazo.

– Há gargalos na BR-470, que dá acesso aos portos, os caminh?es enfrentam diariamente uma rotina de deslocamento maior do que o normal. Ficar tempo a mais na estrada tem um custo alto e que vai tirando a nossa competitividade. A baixíssima malha duplicada e o movimento intenso de caminh?es complicam o deslocamento e exporta??o de produtos.

Além da logística, o Sindicarne aponta a necessidade de maior produ??o de insumos, como gr?os, para abastecimento de aves e suínos. Santa Catarina consome sete milh?es de toneladas de gr?os, mas produz apenas duas toneladas.

A chegada do gr?o pelo caminh?o precisa ser revista, pois clientes asiáticos e europeus est?o cada vez mais atentos à sustentabilidade da produ??o – e também por isso o transporte por trens seria benéfico. Com demandas de clientes mais exigentes, ajustes s?o necessários para alavancar os resultados em mercados importadores e para conquistar maior inser??o internacional.

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