Reforma da Previdência é importante, mas insuficiente para ajuste fiscal, refor?am analistas
bnomnz
14 Sep 2025(atualizado 14/09/2025 às 21h39)1 de 3 Com aprova??o da reforma da Previdência, equipe econ?mica promete novas medidas econ?mica
Reforma da Previdência é importante, mas insuficiente para ajuste fiscal, refor?am analistas
1 de 3 Com aprova??o da reforma da Previdência,ênciaéimportantemasinsuficienteparaajustefiscalrefor?loteria federal sorteio 05/09 equipe econ?mica promete novas medidas econ?micas — Foto: Marília Marques/G1
A reforma da Previdência é considerada essencial para o ajuste fiscal, mas, sozinha, n?o resolverá os problemas das contas públicas do país.
O Senado aprovou nesta ter?a-feira (22) por 60 votos a 19, em segundo turno, o texto-base da reforma da Previdência. A conclus?o da vota??o deve ocorrer nesta quarta-feira (23) com com a análise dos 2 últimos destaques
Entenda ponto a ponto a proposta aprovada em 2o turno no Senado
A mudan?a na legisla??o previdenciária vai ajudar o governo a conter o aumento das despesas com aposentadorias – a expectativa é de uma economia de R$ 800 bilh?es em 10 anos aos cofres públicos. Mas, para o processo de ajuste fiscal ter êxito, analistas indicam que o governo precisa promover a reforma administrativa, para que seja possível mexer com estruturas de carreiras e salários dos servidores e, assim, reduzir os gastos com pessoal, avan?ar nos processos de privatiza??es e promover uma desindexa??o do Or?amento.
A equipe econ?mica já sinalizou que, com a aprova??o a reforma da Previdência, deve encaminhar ao Congresso uma série de medidas econ?micas.
O peso dos gastos com Previdência e servidores no Or?amento do governo é expressivo. Entre janeiro e agosto, segundo o Institui??o Fiscal Independente (IFI), as despesas do governo com benefícios previdenciários e com pessoal somaram R$ 595,2 bilh?es e representaram 67,2% do que foi gasto no período.
"A reforma da Previdência foi importantíssima, mas ainda n?o é suficiente para preservar as contas públicas", afirma a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. "é uma agenda incompleta", diz.
A economia com a reforma da Previdência ficou abaixo da estimativa inicial do governo, que era de R$ 1,2 trilh?o. E também deixou estados e munícios de fora - uma proposta de emenda à Constitui??o (PEC) paralela tenta incluir esses dois entes federativos na reforma.
A área fiscal é bastante delicada porque boa parte dos gastos do governo federal é obrigatória, ou seja, n?o há margem de manobra para reduzir as despesas e sobra pouco espa?o para o investimento público. Neste ano, os analistas consultados pelo relatório Prisma, que colhe as estimativas de analistas do setor privado para as contas públicas do Brasil, preveem que o déficit primário (anterior ao pagamento dos juros da dívida) vai ser de R$ 99,187 bilh?es.
A previs?o está abaixo da meta do governo – que é de um déficit de R$ 139 bilh?es –, mas, se confirmada, o país terá o sexto ano seguido de rombo nas contas públicas. "é importante rever a dinamica das despesas obrigatórias. A reforma administrativa precisa ser feita", afirma Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências.
Dentro do arcabou?o fiscal do país, o crescimento dos gastos obrigatórios e o baixo investimento público abriu uma discuss?o recente sobre a viabilidade do teto de gastos – que limita o crescimento das despesas à infla??o do ano anterior.
No início de setembro, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que, em dois ou três anos, a alta das despesas vai zerar a capacidade de investimento federal. A mensagem foi interpretada como uma sinaliza??o a uma eventual flexibiliza??o do teto. Um dia depois, Bolsonaro defendeu "preservar" o teto de gastos.
"A última declara??o, de preservar o teto, vai na dire??o correta. O caminho n?o deve ser na dire??o de flexibilizar o teto", afirma Zeina.
Mercado monitora o fiscal
O processo de consolida??o das contas públicas é monitorado de perto pelos agentes financeiros. Se o Brasil n?o tiver uma política fiscal crível na leitura do mercado, os analistas indicam que o país pode enfrentar um cenário perverso, de piora de percep??o de risco sobre os fundamentos da economia brasileira, o que pode afugentar novos investidores.
A aprova??o da reforma da Previdência ajudou, segundo analistas, a reduzir o risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap). Nesta ter?a-feira, o CDS brasileiro estava em quase 128 pontos. No início do ano, rondava os 200 pontos.
O CDS é uma espécie de seguro contra calote e, portanto, funciona como uma das principais métricas de riscos entre as economias. Quanto mais alto é o CDS, portanto, mais arriscado o país é considerado pelos investidores.
2 de 3 Risco-país em queda — Foto: Arte/G1
O patamar do risco-país do Brasil ainda é alto quando comparado com outras economias da América do Sul. O CDS do Chile está em 38 pontos, o do Peru em 54 pontos, o da Col?mbia em 84 pontos, e o do México em 102 pontos.
"Apesar de n?o ser mais uma economia com o grau de investimento, o risco-país do Brasil n?o está t?o alto diante dessa expectativa de uma agenda reformista", afirma Campos Neto.
Em 2015, o Brasil perdeu o grau de investimento. Embora a reforma da Previdência ajude e seja bem vista pelas principais agências de classifica??o de risco, a volta do país ao patamar de grau de investimento depende de uma redu??o do endividamento.
Em agosto – último dado disponível –, a dívida bruta chegou a quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Banco Central. Na média, países emergentes, parecidos com o Brasil e com grau de investimento, têm endividamento de 60% do PIB.
"N?o vejo as agências de risco mudando o cenário atual. O país vai levar tempo para conquistar o grau de investimento de novo", diz o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale. "Vamos precisar ter uma melhora na dívida, mas que só virá depois de 2024. N?o vejo o Brasil virando grau de investimento antes disso."
3 de 3 nota do Brasil classifica??o — Foto: Infográfico G1
NEWSLETTER GRATUITA
Indústria de criptomoedas refor?a estratégias de compliance Binance Valor Econ?mico.txt
GRáFICOS
Jovem com sequelas de dengue grave passa por cirurgia para amputar os pés.txt
Navegue por temas