Vinhos de Portugal recebe 17 mil pessoas e bate recorde de público com edi??es de Rio e SP
Mercado de luxo quer agregar propósito e exclusividade Shopping centers Valor Econ?mico.txt
Claudia Leon,ósitoeexclusividadeShoppingcentersValorEcon?dono da melissa ganha milh?es em cassino no uruguai com uma só aposta do VillageMall: “A experiência de tocar é insubstituível, assim como o atendimento personalizado” — Foto: Divulga??o O mercado de luxo no Brasil cresce e se transforma. à medida que a base de consumidores se amplia, os shoppings de alto padr?o deixam de ser apenas pontos de venda para se tornar “hubs de experiência” que refor?am o posicionamento das marcas. Mais do que luxo, a exclusividade e o propósito se tornam pilares de um setor que cresce de 6% a 8% ao ano e pode movimentar R$ 133 bilh?es até 2030, segundo levantamento da Bain & Company. Empreendimentos como o VillageMall, no Rio de Janeiro; o Pátio Batel, em Curitiba; e os shoppings Cidade Jardim, JK Iguatemi, Iguatemi e Shops Jardins, em S?o Paulo, reúnem algumas das grifes mais prestigiadas do mundo, como Gucci, Chanel, Burberry, Tiffany, Louis Vuitton, Balmain e Rolex. Esse é o retrato de um ecossistema econ?mico que tende a crescer e se diversificar ainda mais. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Em menos de dez anos, entre 2014 e 2022, o número de brasileiros com alto poder aquisitivo - com ao menos US$ 100 mil em ativos líquidos - quase dobrou, atingindo 1,3 milh?o de pessoas. Nos próximos cinco anos, até 2030, cerca de 200 mil indivíduos devem passar a integrar esse grupo, aponta a pesquisa. Outra parcela importante s?o os consumidores estabelecidos ou HNW (do termo em inglês High Networth), que s?o os indivíduos com ativos líquidos de pelo menos US$ 1 milh?o. Esses, conforme a pesquisa, s?o 114 mil. Leia mais: Gigantes do consumo, shoppings buscam sustentabilidadeCoworkings e academias ganham mais espa?o em centros de comprasNos shoppings, franquias s?o protagonistasStrip malls fomentam corrida pela conveniênciaShoppings se transformam com reinven??o do consumo “O mercado está sendo sustentado por uma transforma??o importante no comportamento dos clientes. Eles têm buscado experiências mais personalizadas, produtos com propósito e uma jornada de compra fluida, seja ela on-line ou off-line”, afirma Gabriele Zuccarelli, líder da prática de varejo da Bain & Company na América do Sul. Para atender a esse novo perfil, os shoppings de luxo passaram a ocupar uma posi??o estratégica. Segundo Zuccarelli, eles seguem relevantes dentro da lógica do acesso omnichannel e s?o usados pelas marcas para criar experiências diferenciadas, com atendimento personalizado e integra??o com canais digitais. O VillageMall, no Rio, é um exemplo desse modelo. Segundo Claudia Leon, superintendente do centro de compras, o shopping é um “coletivo de exclusividades”, que combina marcas de luxo, entretenimento e gastronomia de alto padr?o. “Sabemos que o cliente de luxo quer ser bem cuidado, sentir-se especial e único”, afirma. A experiência está conectada a todo um ecossistema de hospitalidade, lifestyle e personaliza??o” — Robert Bruce Harley O shopping investe em tecnologias como um aplicativo que permite mapear com maior precis?o o comportamento de consumo e alinhar ativa??es com os perfis de seus visitantes. “O digital vem ganhando uma relevancia gigantesca. Por outro lado, o presencial é importante. A experiência de tocar e experimentar os produtos é insubstituível, assim como o atendimento personalizado”, diz Leon. Em S?o Paulo, a JHSF Malls segue estratégia similar. De acordo com Robert Bruce Harley, CEO do grupo, o Shopping Cidade Jardim atrai marcas internacionais com investimentos em experiências integradas. “Essa abordagem se reflete em expans?es e futuras ‘flagships’ de grifes como Dior, Chanel, Prada, Rolex e Tiffany & Co., que est?o investindo em espa?os maiores e mais personalizados”, afirma. Entre os diferenciais, est?o servi?os exclusivos como o Le Atelier da Chanel e o conceito “apartment” da Tiffany. A gastronomia também é parte do plano de diferencia??o da JHSF. Harley cita a chegada do restaurante francês Lou Lou e a parceria com o Major Food Group, que deve trazer nomes como Carbone, Torrisi e ZZ’s aos empreendimentos como exemplo da integra??o entre moda e estilo de vida. “A experiência vai muito além da compra, ela está conectada a todo um ecossistema de hospitalidade, lifestyle e personaliza??o”, afirma. A JHSF investe também em um modelo mais exclusivo no digital. Ao invés de um e-commerce tradicional, o atendimento é via WhatsApp, com “personal shoppers”. Harley afirma que essa estratégia, adotada na plataforma CJ Fashion, gerou bons resultados e refor?ou o compromisso da marca com a sofistica??o também no ambiente virtual. O turismo de alto padr?o também tem um papel relevante nesse ecossistema. Clientes que desembarcam no S?o Paulo Catarina Aeroporto Executivo, em S?o Roque (SP), costumam completar o itinerário em hotéis Fasano, restaurantes e lojas da rede. “Essa jornada fortalece o vínculo com a marca e cria um senso de pertencimento”, diz Harley. Nesse contexto, lojas se tornam hubs de lifestyle, oferecendo até mesmo salas para VICs (Very Important Clients) e experiências como a personaliza??o in loco com artes?os da Louis Vuitton. A professora Patrícia Diniz, do hub de luxo da ESPM, refor?a a importancia do shopping de alto padr?o como “third place” - conceito cunhado para descrever espa?os sociais que n?o s?o nem o lar (o “first place”) nem o trabalho (o “second place”) - para o consumidor de luxo brasileiro. A exclusividade é o ponto comum deste modelo. “O consumidor busca pe?as únicas, edi??es limitadas e servi?os que poucos podem ter. Personaliza??o é a palavra de ordem”, diz Diniz.