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Petrobras já reduziu emiss?es de metano em 70%, além de 40% dos gases de efeito estufa Energia em Transi??o Valor Econ?mico.txt
Da esquerda para a direita: William Nozaki (Petrobras),áreduziuemiss?esdemetanoemalémdedosgasesdeefeitoestufaEnergiaemTransi??oValorEcon?resultados jogos de tenis Ana Zettel (BNDES), a mediadora Leila Sterenberg, Maria Netto (Instituto Clima e Sociedade) e Viviana Coelho (Petrobras) — Foto: Marcos Sobral A Petrobras já opera alguns dos campos mais eficientes em carbono do mundo, entre os 25% mais descarbonizados do planeta. Dentre as tecnologias utilizadas, o CCUS — sigla em inglês para captura, uso e armazenamento de carbono — permite fazer a extra??o de óleo e gás natural sem liberar para a atmosfera o gás carb?nico associado. Outro destaque relevante é a redu??o de 70% das emiss?es de metano e de 40% dos gases de efeito estufa. O tema foi um dos destaques do evento Diálogos e Caminhos para uma Transi??o Energética Justa, que aconteceu na sede da Editora Globo — o primeiro encontro da iniciativa ENERGIA EM TRANSI??O, que tem patrocínio da Petrobras. “Essa tecnologia em 2024 permitiu evitar a emiss?o de 14 milh?es de toneladas de CO2, reduzindo expressivamente a emiss?o de gases de efeito estufa na atividade de produ??o de petróleo e contribuindo para que os campos do pré-sal estejam no primeiro quartil dos campos mais eficientes no mundo”, pontua Viviana Coelho, gerente executiva de Mudan?as Climáticas e Descarboniza??o da Petrobras. Hoje temos o maior programa de CCUS do mundo. Desde 2008, quando come?ou, ele já capturou mais de 80 milh?es de toneladas de CO2”, afirmou o gerente-executivo de Gest?o Integrada de Transi??o Energética da Petrobras, William Nozaki, durante o evento. Atualmente, as 22 plataformas que produzem e armazenam petróleo no pré-sal da Bacia de Santos s?o equipadas com sistemas para captura e reinje??o do CO2. A aplica??o dessa tecnologia no ambiente de águas ultraprofundas é pioneira no mundo. Ao mesmo tempo em que reduz as emiss?es de CO2, a iniciativa otimiza a recupera??o de óleo, pois o gás carb?nico promove mais press?o no reservatório e facilita a extra??o. A tecnologia pode avan?ar para outros segmentos da indústria, com a sinaliza??o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ?-mico e Social (BNDES) de financiá-la. A ideia é que outros setores intensivos em CO2, com dificuldade de descarboniza??o, possam capturar e armazenar o gás carb?nico a partir de estruturas e conhecimento da Petrobras, que estuda fornecer esses servi?os. “No BNDES, o Fundo Clima é o nosso carro-chefe para projetos com pegada ambiental positiva. A ideia dele é oferecer um custo mais baixo de capital para adaptabilidade urbana, reflorestamento e descarboniza??o da indústria”, disse a assessora do gabinete da presidência do BNDES Ana Zettel. Emiss?o de gás metano em queda Presente também no evento, Viviana Coelho explicou que a companhia vem trabalhando em duas dimens?es para a transi??o energética. “Uma delas é reduzir as nossas emiss?es. A outra é criar inova??o tecnológica: fornecimento de solu??es para a sociedade e para nossos clientes, sejam de fontes renováveis, sejam de moléculas de baixo carbono, para que possamos fazer adi??o de energia sempre o mais renovável possível”, ressaltou. Viviana lembrou como a Petrobras avan?ou também na redu??o da emiss?o de gás metano. Segundo ela, na maioria dos países que produzem óleo e gás, o setor é responsável por metade das emiss?es de metano. No Brasil, a fatia fica hoje abaixo de 1%. O feito, ressalta ela, “realmente representa competitividade para o nosso setor”. Nozaki lembrou que a Petrobras ampliou seu conjunto de investimentos tanto para descarboniza??o das opera??es internas quanto para iniciativas relacionadas às energias renováveis. “Estamos na montagem do novo plano de investimentos da Petrobras em energias renováveis e em transi??o energética. Estamos olhando para os segmentos que têm sinergia com as opera??es da Petrobras, para os segmentos que est?o avan?ando a partir das mudan?as na regula??o e para os segmentos em que podemos entrar de maneira imediata, promovendo descarboniza??o e energia renovável o mais rápido possível”, afirmou, citando segmentos como etanol, biodiesel, biometano, energia eólica, solar e hidrogênio. Transi??o energética justa passa por desenvolvimento regional Com 90% da sua matriz energética elétrica baseada em fontes limpas e um potencial enorme para continuar desbravando energias renováveis, o Brasil desponta como o país do G20 mais próximo das metas globais de descarboniza??o. Mas precisa enfrentar desafios socioecon?micos para realizar uma transi??o energética que seja de fato justa, promovendo desenvolvimento regional, avaliaram os especialistas reunidos no primeiro evento do projeto ENERGIA EM TRANSI??O. “A expans?o que fizemos foi muito importante. No caso do Brasil, foi fenomenal; passamos a produzir também energias eólica e solar em tempo recorde, mas precisamos avan?ar, e a expans?o energética tem que estar associada ao desenvolvimento regional”, ressaltou a diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (ICS), Maria Netto. Na mesma linha, Viviana Coelho defendeu no evento uma transi??o energética com inclus?o social, gera??o de emprego e desenvolvimento regional. Ela destacou a importancia de se considerar a diferen?a de consumo energético e desenvolvimento econ?mico das na??es. Países já desenvolvidos v?o adicionar menos energia a seu consumo, diferentemente daqueles em desenvolvimento — e isso implica produzir também energias mais renováveis sem deixar de fora desse processo a parcela mais vulnerável da sociedade. Ana Zettel refor?ou também a necessidade de uma transi??o justa, ordenada e equitativa, com cuidado para que camadas menos favorecidas da popula??o n?o paguem um maior custo. O deslocamento de empregos de segmentos consolidados para novas cadeias produtivas de energias renováveis também foi um ponto destacado no evento. “Estamos falando de transi??o. Só que, quando mudamos isso, vamos deslocar empregos e oferta. Há um efeito sobre pre?o”, resumiu Zettel. O mesmo ponto foi levantado pela especialista do ICS: “Quando falamos de transi??o energética, a palavra “justa” é muito importante. Temos que pensar na transi??o econ?mica associada à transi??o energética”, disse Maria Netto. A seguran?a energética, com a continuidade plena da oferta de energia, também esteve entre as quest?es abordadas. “Temos que ter cuidado para que a transi??o energética seja justa, coordenada, sem rupturas. Se houver ruptura de oferta, isso afeta o pilar da justi?a e a equidade”, afirmou a representante do BNDES. Pressionada ainda mais pelas tecnologias digitais, sobretudo a inteligência artificial, a demanda por energia tende a crescer. William Nozaki definiu a seguran?a energética como um “bem comum que deve estar disponível idealmente para todas as pessoas a custo acessível e condi??es estáveis”. “O desafio atual é promover transi??o energética sem desguarnecer a seguran?a energética propriamente dita”, concluiu. Saiba Mais sobre a transi??o energética justa, liderada pela Petrobras