Reforma da Previdência é importante, mas insuficiente para ajuste fiscal, refor?am analistas
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 23h55)1 de 3 Com aprova??o da reforma da Previdência, equipe econ?mica promete novas medidas econ?mica
Reforma da Previdência é importante, mas insuficiente para ajuste fiscal, refor?am analistas
1 de 3 Com aprova??o da reforma da Previdência,ênciaéimportantemasinsuficienteparaajustefiscalrefor?resultado mega sena dia 26/06/2019 equipe econ?mica promete novas medidas econ?micas — Foto: Marília Marques/G1
A reforma da Previdência é considerada essencial para o ajuste fiscal, mas, sozinha, n?o resolverá os problemas das contas públicas do país.
O Senado aprovou nesta ter?a-feira (22) por 60 votos a 19, em segundo turno, o texto-base da reforma da Previdência. A conclus?o da vota??o deve ocorrer nesta quarta-feira (23) com com a análise dos 2 últimos destaques
Entenda ponto a ponto a proposta aprovada em 2o turno no Senado
A mudan?a na legisla??o previdenciária vai ajudar o governo a conter o aumento das despesas com aposentadorias – a expectativa é de uma economia de R$ 800 bilh?es em 10 anos aos cofres públicos. Mas, para o processo de ajuste fiscal ter êxito, analistas indicam que o governo precisa promover a reforma administrativa, para que seja possível mexer com estruturas de carreiras e salários dos servidores e, assim, reduzir os gastos com pessoal, avan?ar nos processos de privatiza??es e promover uma desindexa??o do Or?amento.
A equipe econ?mica já sinalizou que, com a aprova??o a reforma da Previdência, deve encaminhar ao Congresso uma série de medidas econ?micas.
O peso dos gastos com Previdência e servidores no Or?amento do governo é expressivo. Entre janeiro e agosto, segundo o Institui??o Fiscal Independente (IFI), as despesas do governo com benefícios previdenciários e com pessoal somaram R$ 595,2 bilh?es e representaram 67,2% do que foi gasto no período.
"A reforma da Previdência foi importantíssima, mas ainda n?o é suficiente para preservar as contas públicas", afirma a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. "é uma agenda incompleta", diz.
A economia com a reforma da Previdência ficou abaixo da estimativa inicial do governo, que era de R$ 1,2 trilh?o. E também deixou estados e munícios de fora - uma proposta de emenda à Constitui??o (PEC) paralela tenta incluir esses dois entes federativos na reforma.
A área fiscal é bastante delicada porque boa parte dos gastos do governo federal é obrigatória, ou seja, n?o há margem de manobra para reduzir as despesas e sobra pouco espa?o para o investimento público. Neste ano, os analistas consultados pelo relatório Prisma, que colhe as estimativas de analistas do setor privado para as contas públicas do Brasil, preveem que o déficit primário (anterior ao pagamento dos juros da dívida) vai ser de R$ 99,187 bilh?es.
A previs?o está abaixo da meta do governo – que é de um déficit de R$ 139 bilh?es –, mas, se confirmada, o país terá o sexto ano seguido de rombo nas contas públicas. "é importante rever a dinamica das despesas obrigatórias. A reforma administrativa precisa ser feita", afirma Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências.
Dentro do arcabou?o fiscal do país, o crescimento dos gastos obrigatórios e o baixo investimento público abriu uma discuss?o recente sobre a viabilidade do teto de gastos – que limita o crescimento das despesas à infla??o do ano anterior.
No início de setembro, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que, em dois ou três anos, a alta das despesas vai zerar a capacidade de investimento federal. A mensagem foi interpretada como uma sinaliza??o a uma eventual flexibiliza??o do teto. Um dia depois, Bolsonaro defendeu "preservar" o teto de gastos.
"A última declara??o, de preservar o teto, vai na dire??o correta. O caminho n?o deve ser na dire??o de flexibilizar o teto", afirma Zeina.
Mercado monitora o fiscal
O processo de consolida??o das contas públicas é monitorado de perto pelos agentes financeiros. Se o Brasil n?o tiver uma política fiscal crível na leitura do mercado, os analistas indicam que o país pode enfrentar um cenário perverso, de piora de percep??o de risco sobre os fundamentos da economia brasileira, o que pode afugentar novos investidores.
A aprova??o da reforma da Previdência ajudou, segundo analistas, a reduzir o risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap). Nesta ter?a-feira, o CDS brasileiro estava em quase 128 pontos. No início do ano, rondava os 200 pontos.
O CDS é uma espécie de seguro contra calote e, portanto, funciona como uma das principais métricas de riscos entre as economias. Quanto mais alto é o CDS, portanto, mais arriscado o país é considerado pelos investidores.
2 de 3 Risco-país em queda — Foto: Arte/G1
O patamar do risco-país do Brasil ainda é alto quando comparado com outras economias da América do Sul. O CDS do Chile está em 38 pontos, o do Peru em 54 pontos, o da Col?mbia em 84 pontos, e o do México em 102 pontos.
"Apesar de n?o ser mais uma economia com o grau de investimento, o risco-país do Brasil n?o está t?o alto diante dessa expectativa de uma agenda reformista", afirma Campos Neto.
Em 2015, o Brasil perdeu o grau de investimento. Embora a reforma da Previdência ajude e seja bem vista pelas principais agências de classifica??o de risco, a volta do país ao patamar de grau de investimento depende de uma redu??o do endividamento.
Em agosto – último dado disponível –, a dívida bruta chegou a quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o Banco Central. Na média, países emergentes, parecidos com o Brasil e com grau de investimento, têm endividamento de 60% do PIB.
"N?o vejo as agências de risco mudando o cenário atual. O país vai levar tempo para conquistar o grau de investimento de novo", diz o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale. "Vamos precisar ter uma melhora na dívida, mas que só virá depois de 2024. N?o vejo o Brasil virando grau de investimento antes disso."
3 de 3 nota do Brasil classifica??o — Foto: Infográfico G1
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