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Mudan?as climáticas fazem jovens adotar nova forma de consumo Consumo consciente Valor Econ?mico.txt
As mudan?as climáticas est?o no topo das preocupa??es da gera??o Z e dos millennials no Brasil,?asclimáticasfazemjovensadotarnovaformadeconsumoConsumoconscienteValorEcon?roleta silabica com cd mais do que no restante do mundo - o que já influencia seus hábitos de consumo e decis?es de carreira na dire??o de atitudes mais verdes. Entre 77% dos nascidos entre 1983 e 1994 (millenials) e 68% da gera??o seguinte (Z) há disposi??o para pagar mais por produtos e servi?os ambientalmente sustentáveis, enquanto a média global é de 63% e 64%, respectivamente. E cerca de 6 de cada 10 consumidores dessas gera??es no Brasil afirmam pressionar as empresas em que trabalham a tomar medidas para combater o aquecimento global, contra média mundial de 48% entre os millenials e 54% na gera??o Z. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Os dados s?o da pesquisa “Gen Z and Millennial Survey 2024”, realizada pela Deloitte com mais de 14 mil pessoas em 44 países. O estudo mapeou a ades?o a comportamentos de menor impacto ambiental, como evitar comprar roupas em lojas “fast fashion”, reduzir viagens de avi?o, adotar dietas vegetarianas ou veganas e pesquisar o impacto ambiental das empresas antes de contratar servi?o, comprar produtos ou se candidatar a vagas de emprego. A pesquisa comprova que a sustentabilidade continua entre as prioridades das duas gera??es, mesmo diante de pandemia de covid-19, instabilidade geopolítica, infla??o e transforma??es tecnológicas que impactam o mundo do trabalho. é uma preocupa??o pessoal que consistentemente pesa muito sobre as duas gera??es. Cresceu em dois pontos percentuais sobre o ano passado, para 62% na genZ e 59% entre os millennials (59%), aqueles que se sentiram preocupados ou ansiosos com as mudan?as climáticas no último mês. Leia mais: Indústria da moda se movimenta para brecar desperdícioBrasil perde R$ 61,3 bilh?es por ano com desperdício de alimentosRotas responsáveis criam experiências para mais turistasTecnologia altera consumo de energiaMovimento contra sacolinhas cresce e gera novos negóciosFrancês exige transparência de produtos que compraHá muito otimismo sobre influência de governos no comportamento do cidad?o, diz pesquisador “A conscientiza??o dos mais jovens sinaliza uma mudan?a cultural e nas expectativas de colaboradores e consumidores. Servem como um alerta e oportunidade para que as organiza??es se adaptem em rela??o a um futuro mais sustentável”, diz Marcos Olliver, líder de pessoas e propósito da Deloitte. No Brasil, o tema ganhou mais peso. As duas gera??es cresceram vendo a temática ambiental ser discutida na mídia, especialmente após a Rio 92, que inaugurou as conven??es internacionais sobre clima e biodiversidade. E, embora n?o esteja obrigatoriamente presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), passou a fazer parte dos conteúdos em sala de aula, de forma complementar ao ensino de ciências. “é possível avaliar que essa vis?o da gera??o Z esteja alinhada ao potencial que o Brasil tem de ser protagonista nas quest?es climáticas globais”, afirma Olliver. Além disso, a preocupa??o com o meio ambiente está se tornando parte da cultura e identidade da gera??o Z, que cresceu no universo digital, com acesso a informa??es sobre a crise climática, o que a leva a uma maior compreens?o sobre a gravidade da situa??o. A apari??o de jovens ativistas, como a sueca Greta Thunberg, também incentivam hábitos de consumo mais verdes. Vivenciar o clima de “fim do mundo” causado pelos eventos extremos - como queimadas no Pantanal, inunda??es no Sul e ondas de calor - também pode moldar sentimentos sobre o tema, com prejuízo em potencial à saúde mental. é o fen?meno que os psicólogos chamam de “ecoansiedade”. Trata-se da angústia, estresse e preocupa??o que indivíduos sentem em resposta às crises ambientais, que afetam tanto jovens quanto adultos e pode se manifestar de várias maneiras, desde ins?nia, fadiga e irritabilidade até sintomas depressivos. “Algumas pessoas se sentem motivadas a alterar seus hábitos, buscando práticas mais sustentáveis, enquanto outras podem evitar informa??es sobre meio ambiente por medo ou desespero, o que pode levar ao isolamento social”, explica a psicóloga Fernanda Landeiro, doutora em Saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especialista em terapia cognitivo-comportamental. A conscientiza??o dos mais jovens sinaliza uma mudan?a cultural” — Marcos Olliver O medo do futuro, porém, também pode levar a comportamentos na dire??o oposta. Nos Estados Unidos, especialistas já manifestam preocupa??o com o “doom spending”, tendência que consiste em gastar com supérfluos para aliviar o estresse, ou, literalmente, “como se n?o houvesse amanh?”. Pesquisa do Intuit Credit Karma apontou que 27% dos americanos dizem manifestar esse comportamento, mais comum entre os jovens (35% da gera??o Z e 43% dos millennials). Sentimentos como dificuldade para comprar um imóvel e inseguran?a quanto ao mercado de trabalho e a crise climática est?o entre os motivos. De um lado, há consumidores comprometidos com a pauta ambiental e, do outro, adeptos do consumismo como válvula de escape. Essa dicotomia reflete como as pessoas podem estar em diferentes estágios de conscientiza??o e acesso ao consumo. “Esse é mais um dos paradoxos dos tempos atuais e da sociedade polarizada. Minimalismo e maximalismo coexistem ao mesmo tempo”, diz Cecília Troiano, sócia da Troiano Branding, consultoria dedicada a estudos de comportamento e gest?o de marcas. Com clientes de segmentos variados, a empresa tem sido procurada para o desenvolvimento e reposicionamento de marcas com base em critérios ESG. Independentemente da gera??o, a busca por hábitos de consumo conscientes passa por reflex?o antes, durante e depois da compra. O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente elaborou um guia com seis perguntas-chave a serem feitas na decis?o de compra: por que comprar; o que comprar; como comprar; de quem comprar; como usar; e como descartar. A partir delas, o consumidor pode direcionar seu hábito para alternativas de menor impacto e priorizar empresas comprometidas com o tema. “Qualquer produto tem impacto na quest?o climática, mas é possível fazer melhores escolhas; dar prioridade a itens duráveis, com uma abordagem circular, que possam ser consertados e descartados corretamente ao final da vida útil, por exemplo”, diz Helio Mattar, presidente do conselho deliberativo do Instituto Akatu. Evitar o desperdício de alimentos também tem grande capacidade de fazer a diferen?a. No Brasil, os sistemas agroalimentares, que incluem a agricultura, pecuária, silvicultura e pesca, respondem por 73% das emiss?es de gases de efeito estufa do país, de acordo com o Observatório do Clima.