Em vigor há um mês, 'tarifa?o' dos EUA provoca demiss?es em fábricas de cal?ados em Franca, SP
Saneamento demanda solu??o integrada Glocal Valor Econ?mico.txt
Leonardo Righetto,??ointegradaGlocalValorEcon?como fazer uma blaze rod minecraft da Rio Saneamento: orienta??o aos cidad?os para conseguir maior cuidado com recursos hídricos — Foto: Leo Pinheiro/Valor Apesar da abundancia, a água está em risco até mesmo no Brasil, país que concentra perto de 12% da água doce do planeta. Fatores como mudan?a climática e desequilíbrio entre disponibilidade e consumo exigem integra??o de esfor?os entre governos, empresas de água, consumidores agrícolas, industriais e comerciais e sociedade civil para encontrar a melhor solu??o, segundo posi??o defendida pelos participantes de dois painéis que discutiram a seguran?a hídrica no Brasil e o saneamento no Rio de Janeiro durante a Glocal Experience, que debateu a Agenda 2030 da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU). Leia mais:Crise nos oceanos exige conhecimento multissetorialPara especialistas, transi??o energética deve ser inclusivaJovens querem liderar agenda climática window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Entre os riscos a ampliar a inseguran?a hídrica do país est?o os eventos extremos e a falta de aten??o aos nascedouros das bacias hidrográficas -como cabeceiras, mananciais e nascentes, com ecossistemas florestais amea?ados. Isso porque a floresta ajuda a filtrar contaminantes, protege o solo da eros?o e aumenta a produ??o, por capta??o subterranea ou aérea, reduzindo o custo de tratamento e produ??o da água. A regulamenta??o do pagamento por servi?os ambientais como incentivo à conserva??o e desenvolvimento sustentável, aprovada no ano passado, criou alento para conserva??o de recursos hídricos. A prática de remunera??o a produtores rurais por conserva??o ou restaura??o já tem exemplos como o de Extrema (MG). Mas ainda está longe de impedir a degrada??o de matas ciliares no Sistema Cantareira (SP), um dos maiores do país com 9 milh?es de pessoas atendidas. Outra quest?o é o desperdício. Em dez anos, a perda de água potável passou de 36% para 40% no país. Além disso, a maior parte dela está concentrada na regi?o Norte, distante da maior densidade populacional e dos polos que sustentam o modelo econ?mico brasileiro, baseado em energia e exporta??es de commodities dependentes do recurso. “A Amaz?nia concentra mais de 70% da água do país, enquanto o Sudeste tem 70% da popula??o e 6% da água doce”, compara Edson Carlos, presidente do Instituto Aegea. Segundo ele, mesmo com cuidado de bacias e investimentos como bombas inteligentes para reduzir a press?o de água em horários de pico para evitar vazamentos, os responsáveis privados pelo setor n?o d?o conta do problema sozinhos, e seria necessário incluir a conserva??o no marco legal do saneamento, além de ampliar campanhas pelo uso racional do recurso e iniciativas de reúso mais parrudas. “água e esgoto s?o vetores de desenvolvimento”, diz Fernando Veiga, diretor da The Nature Conservancy (TNC). As expectativas em torno dos impactos dos leil?es recentes no Rio de Janeiro refor?am o posicionamento. A águas do Rio, concessionária de água e esgoto da Aegea Saneamento para as zonas sul, norte e centro da capital e mais 26 municípios do Estado, tem investimento previsto perto de R$ 45 bilh?es até 2030, incluindo outorga. Somados a impostos de R$ 10 bilh?es a serem gerados no período e a gera??o de R$ 3 a cada R$ 1 investido, o impacto econ?mico do servi?o vai acumular R$ 90 bilh?es, contabiliza o diretor presidente Alexandre Bianchini. A programa??o tem três fases. Em dois anos está prevista a recupera??o do intercepto oceanico, tubula??o de 5,2 metros de diametro que vai do Aeroporto Santos Dumont a Copacabana e de onde já foram retiradas 800 toneladas de lixo, levando a praia do Botafogo a apresentar pela primeira vez em 20 anos dois dias seguidos de balneabilidade. Também se espera funcionamento de esta??es de tratamento de esgoto (ETE) como Alegria e Penha. Em cinco anos é a vez de uma espécie de cord?o de isolamento, com coletores de tanques secos, e compromisso de coletar e tratar 90% do esgoto na área de concess?o em 12 anos. As grandes metas s?o a recupera??o da Baía da Guanabara e do abastecimento de água na Baixada Fluminense. “Em seis meses entregamos água a 100 mil pessoas em Magé.” O impacto no turismo e na regi?o do entorno dos corpos aquáticos é destaque, diz Lucas Arrosti, diretor de opera??es da Iguá Saneamento. Ele cita a recupera??o da lagoa de Araruama, onde recentemente foi detectada presen?a e procria??o de cavalos marinhos. Os complexos lagunais Barra da Tijuca e Jacarepaguá (Marapendi, Camorim e Jacarepaguá) v?o receber da empresa desassoreamento, interliga??o com o mar e cintur?es coletores de tanque seco. Os avan?os no Estado est?o entrela?ados a esfor?os do setor público, como conter a expans?o de ocupa??es irregulares, um desafio para a engenharia. Outro eixo s?o os programas de educa??o ambiental e relacionamento com comunidades. A águas do Brasil, cuja Rio+Saneamento entra em opera??o em breve com or?amento de R$ 4,5 bilh?es e contrato de 35 anos, mira orienta??o aos cidad?os para, junto da entrega dos servi?os, obter maior cuidado com recursos hídricos, diz o CEO Leonardo Righetto.