Elei??es em Buenos Aires: '3%' é rabiscado ao lado do nome de Karina Milei em lista de vota??o, em referência a escandalo de corrup??o
Os três Ps da inova??o na medicina Inova??o na medicina Valor Econ?mico.txt
Junte inteligência artificial (IA),êsPsdainova??onamedicinaInova??onamedicinaValorEcon?resultado quina dia 05/10/2015 volume massivo de dados e avan?os na genética. O resultado, na medicina, pode ser resumido em três Ps: precis?o, preven??o e personaliza??o. Acrescente conectividade, busca de otimiza??o de recursos e da inclus?o de pacientes, e agora a equa??o passa também a incluir atendimentos à distancia. “Nesta época de transforma??o digital, pela primeira vez a tecnologia n?o implica necessariamente aumento de custo”, diz Giovanni Cerri, ex-secretário da Saúde de S?o Paulo e presidente do conselho do Inova HC, núcleo de inova??o tecnológica do Hospital das Clínicas da Universidade de S?o Paulo (USP). “Solu??es para consultas, exames e tratamentos remotos, por exemplo, podem melhorar o acesso ao sistema de saúde e também cortar gastos”, afirma Cerri. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Já no campo da genética, o mapeamento do genoma humano, concluído em 2022, possibilitou n?o só o rastreamento de genes responsáveis por milhares de doen?as como também a busca de variantes que protegem contra muta??es desfavoráveis. é o que explica Mayana Zatz, professora de genética da USP e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco. “Se descobrimos que um gene produz determinada substancia que protege contra certas doen?as, podemos desenvolver drogas à base dessa mesma substancia para quem n?o teve a sorte de nascer com a varia??o genética protetora”, diz a professora. A terapia gênica é outra frente de tratamento no radar da equipe de Zatz e cientistas pelo mundo afora. A técnica prevê a introdu??o, remo??o ou altera??o do material genético do paciente, para tratamentos de males como diversos tipos de cancer, anemia falciforme e cegueira congênita. O mapeamento de genes também abre caminho para o desenvolvimento de medicamentos mais alinhados a perfis populacionais. “Uma droga muito boa para os japoneses pode n?o ser t?o eficaz para nossa popula??o miscigenada”, exemplifica Zatz, cuja equipe identificou, entre quase mil idosos brasileiros, 2 milh?es de variantes genéticas n?o registradas em bancos internacionais. Monitores em leitos de hospitais geram cerca de 20 mil dados por hora Assim como viabiliza uma medicina mais adaptada às características de popula??es, a genética também permite tratamentos individualizados. “Cada vez mais teremos informa??es que v?o determinar que a forma de tratamento para mim é diferente da indicada para você, mesmo se tivermos mesma doen?a”, diz Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein. Uma das áreas em que a abordagem vem se destacando s?o as pesquisas de novas vacinas de tratamento do cancer, baseadas na análise genética de tumores, feita de forma rápida com IA, antes que novas muta??es inibam a eficácia da terapia, como conta álvaro Machado Dias, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de S?o Paulo (Unifesp) e sócio do Instituto Locomotiva. “Esse mesmo princípio, em que algoritmos aceleram e refinam tratamentos baseados na própria capacidade de o organismo reagir à patologia, vem sendo orientado para o tratamento de uma miríade de síndromes complexas e até de doen?as neurodegenerativas”, acrescenta Dias. A IA também pode ajudar na evolu??o de pacientes internados. No Einstein e no hospital municipal paulistano Vila Santa Catarina, administrado pela institui??o, cerca de 920 leitos s?o acompanhados por monitores que geram cerca de 20 mil dados por hora, como tremores, tra?ados eletrocardiográficos e padr?es de sono. “Existem altera??es imperceptíveis para o cérebro humano, mas que, quando analisadas por algoritmos, com a compara??o de um volume imenso de dados, possibilitam saber se, por exemplo, haverá deteriora??o do estado clínico do paciente”, explica Klajner. A falta de médicos especialistas também pode ser combatida com a ajuda de IA. Em projeto com o objetivo de reduzir a mortalidade materna no norte do país, o Einstein, com o apoio da Funda??o Bill e Melinda Gates, está testando um aplicativo que acompanha consultas de pré-natal realizadas em unidades básicas de saúde de Manaus com falta de obstetras. O sistema recorre a um banco de dados com mais de 2 mil artigos científicos e sugere, durante o atendimento, perguntas adicionais ao médico de família responsável pela consulta. Já para a gestante, oferece um material de apoio com recomenda??es. A China já fez centenas de cirurgias robóticas remotas” — Gustavo Guimar?es Tecnologias de atendimento remoto abarcam ainda a realiza??o de exames. No Hospital das Clínicas, unidades como psiquiatria e pediatria tiveram, desde meados de 2021, cerca de 100 mil exames de tomografia ou ressonancia magnética realizados remotamente por especialistas do Instituto de Radiologia da institui??o, com tecnologia desenvolvida no Inova HC. Marco Bego, diretor do instituto e do Inova HC, conta que, com o novo sistema, n?o é mais preciso remover pacientes à noite, às vezes sob seda??o, para realiza??o de exames de urgência em unidades com técnicos disponíveis em qualquer horário. Segundo ele, a produtividade também aumenta, já que, do computador à distancia, profissionais podem se dedicar a duas ou três máquinas simultaneamente. E é possível alinhar melhor o perfil do técnico ao exame realizado. “Podemos, por exemplo, ter alguém com mais experiência em cardiologia para exames no cora??o”, diz. A viabilidade financeira do modelo é agora foco de estudo. “Se o sistema se provar mesmo economicamente sustentável, poderemos oferecer a tecnologia a governos para atendimentos a hospitais remotos, que nem sempre têm técnicos disponíveis toda hora”, afirma o diretor. Exames à distancia também est?o no horizonte da Beneficência Portuguesa (BP). No ano passado, médicos do hospital em S?o Paulo realizaram remotamente um ecocardiograma em um voluntário na Bahia, para demonstra??o da tecnologia, em parceria com a Samsung, durante um congresso médico em Salvador. A mesma lógica vale para cirurgias. “A China já fez centenas de cirurgias robóticas remotas em órg?os como próstata, rins e pulm?es”, conta Gustavo Guimar?es, coordenador-geral dos departamentos cirúrgicos oncológicos da BP. No ano passado, a tecnologia foi testada por médicos do hospital no Brasil, numa cirurgia robótica remota para retirada do rim de um porco no AdventHealth Nicholson Center, centro de pesquisa em Orlando, nos Estados Unidos. A ideia é que futuramente as cirurgias à distancia cheguem a áreas isoladas, como na Amaz?nia. “Seria uma forma de realizar cirurgias eventuais ou de menor complexidade em hospitais regionais sem a necessidade de haver profissionais altamente qualificados, 24 horas por dia, para isso”, afirma Guimar?es. “O modelo poderia ser utilizado em hospitais regionais para cirurgias eventuais ou de menor complexidade sem necessidade de haver pessoal altamente especializado 24 horas por dia”, avalia o médico.