Mais de 40 milh?es têm CNH para moto no Brasil, e as mulheres puxam essa alta
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h26)Um levantamento realizado em parceria entre a Associa??o Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas
Mais de 40 milh?es têm CNH para moto no Brasil, e as mulheres puxam essa alta
Um levantamento realizado em parceria entre a Associa??o Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) e a Secretaria Nacional de Transito (Senatran) revela que mais de 40 milh?es de brasileiros possuem carteira de habilita??o (CNH) para conduzir motocicletas.
De acordo com a Senatran,?estêjogos com sexo em 2025 há 40.978.633 pessoas habilitadas para motos no Brasil. Esse número corresponde a aproximadamente 20% da popula??o brasileira, com 203.080.756 habitantes, conforme o Censo Demográfico de 2022.
Em compara??o com a série histórica da secretaria, o número de pessoas habilitadas para conduzir motocicletas no Brasil quase dobrou em 14 anos.
Em 10 anos, o número de habilitados aumentou 45,3%, mas a quantidade de mulheres aptas a pilotar moto subiu muito mais. O levantamento dos dois órg?os aponta alta em cerca de 70%.
O g1 escutou algumas histórias sobre a preferência pelas motos, além de perrengues e situa??es inusitadas que aconteceram sobre duas rodas.
1 de 7 Motociclistas habilitados quase dobram em 14 anos — Foto: g1
Um levantamento realizado em parceria entre a Associa??o Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) e a Secretaria Nacional de Transito (Senatran) revela que mais de 40 milh?es de brasileiros possuem carteira de habilita??o (CNH) para conduzir motocicletas.
De acordo com a Senatran, em 2025 há 40.978.633 pessoas habilitadas para motos no Brasil. Esse número corresponde a aproximadamente 20% da popula??o brasileira, com 203.080.756 habitantes, conforme o Censo Demográfico de 2022.
Em compara??o com a série histórica da secretaria, o número de pessoas habilitadas para conduzir motocicletas no Brasil quase dobrou em 14 anos. O total considera todas as pessoas, de ambos os sexos, que possuem algum tipo de habilita??o para esse tipo de veículo. S?o elas:
A: condutor de moto;AB: condutor de moto e carro;AC: condutor de moto e caminh?o;AD: condutor de moto e ?nibus;AE: condutor de moto e carreta.
A letra A na habilita??o permite conduzir veículos de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral, e com mais de 50 cilindradas.
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Mulheres registram o maior crescimento
Em 10 anos, o número de habilitados aumentou 45,3%, mas a quantidade de mulheres aptas a pilotar moto subiu muito mais. O levantamento dos dois órg?os aponta alta em cerca de 70%.
Eram 6 milh?es de mulheres com CNH para motos em 2015, contra 10 milh?es registradas em 2025.
O g1 escutou algumas histórias sobre a preferência pelas motos, além de perrengues e situa??es inusitadas que aconteceram sobre duas rodas.
Para alguns, moto n?o era prioridade e virou paix?o
2 de 7 Bruna Matos, professora — Foto: arquivo pessoal
Bruna Matos, professora em Praia Grande (SP), diz que está próxima das motos desde a adolescência.
“Ando na garupa da moto desde os meus 16 anos, mas comprei minha primeira moto em 2021. Oficialmente, tirei minha primeira CNH com a categoria A em 2017”, diz.
Para Bruna, o apre?o pelas motos apareceu por ser um meio de locomo??o mais acessível e só depois virou parte da vida.
“Era o que era acessível para mim e meu parceiro na época, e depois você acaba pegando gosto. Come?amos a fazer viagens, entrando para motoclube e entrei nesse universo de cabe?a”, diz a professora.
O advogado Denis Rivera chegou ainda mais cedo nas motos. “Minha primeira habilita??o foi em 2004, logo que fiz 18 anos. Eu gostava antes de carro, comprei carro, mas dois anos depois comprei uma moto”, revela.
“No come?o, era para facilitar no dia a dia e na locomo??o. N?o tinha apre?o por moto na época. Eu comecei a curtir moto mesmo foi pelas custom, as estradeiras, pela beleza e imponência delas”, complementa.
3 de 7 Caio Laranja em passeio com o motoclube — Foto: arquivo pessoal
Caio Laranja, designer e casado com Bruna, tem carteira para moto desde 2007 e “já s?o quase 20 anos. Andava na moto de amigos às vezes, para n?o perder o habito, tentei por duas vezes comprar uma, mas acabei boicotado e comprando carro, só comprei a minha primeira moto em agosto de 2017”.
Ele revela que, mesmo com participa??o em motoclube e andando de moto por duas décadas, as duas rodas n?o foram prioridade no come?o.
“No início, eu ficava perdido nos rolês com o pessoal, falando dos modelos porque eu n?o conhecia quase nenhum para além das motos de entrada. Foi só após comprar a moto que o interesse foi surgindo. A praticidade, a liberdade, é algo contagiante”, comenta o designer.
Para outros, a paix?o vem desde cedo
4 de 7 Marinilde Gonzaga em viagem com sua Fazer — Foto: arquivo pessoal
Marinilde Gonzaga, promotora de vendas no Maranh?o, é amante das motos desde crian?a. “Eu olhava meus primos andando de moto no interior e a paix?o pelas duas rodas brotou ali. Foi uma vontade de pilotar que veio nata, do sangue mesmo”, comenta.
Ela menciona que a moto n?o é seu único meio de transporte. Ela divide a garagem com um carro, e diz ser comum a bateria do veículo “descarregar” por conta do tempo que fica parado.
“O carro fica lá esquecido. Eu uso basicamente só quando preciso ir ao mercado, quando passeio com meu esposo e filho, ou quando chove. Hoje, meu filho já tem 10 anos e consegue ficar firme na garupa, ent?o ele vai comigo e o carro fica ainda mais encostado”, conta Marinilde.
5 de 7 Bruna Baseggio anda de moto desde cedo — Foto: Bruna Baseggio/arquivo pessoal
Bruna Baseggio é proprietária da Juma Entregas. Por necessidade profissional, utilizou uma bicicleta dos 16 aos 18 anos. Quando chegou à maioridade, trocou o veículo por uma Honda Biz.
“Sempre fui apaixonada por motos. Com 17 anos, eu ganhei uma Biz e, aos 18, tirei minha CNH para fazer entrega de documentos em Rolim de Moura (RO). Depois de um tempo, fui para a capital (Porto Velho) com minha irm? e passei a fazer as entregas por lá antes de criar minha empresa”, diz Baseggio.
Para ela, a moto segue como uma prioridade, mesmo com o carro estacionado na garagem. Ela também afirma que o veículo de quatro rodas só é escolhido quando precisa levar mais pessoas ou ir ao mercado.
Tatiana Moura, profissional de rela??es públicas, come?ou a guiar aos 18 anos, quando tirou sua CNH. Ela conta que passou bastante tempo com motos emprestadas de amigos, do irm?o mais velho e do namorado e que tinha medo de acidentes nas grandes cidades, mas que isso nunca a impediu de andar sobre duas rodas.
Desde ent?o, seu sonho é ter uma Harley-Davidson, e até hoje ela persegue esse objetivo.
6 de 7 Tatiana Moura com sua Yamaha Factor 150 — Foto: Tatiana Moura/arquivo pessoal
Sustos e medo marcam histórias
Todas as pessoas ouvidas relatam medo de sofrer um acidente de moto. Mesmo aqueles que nunca passaram por um, acumulam histórias e situa??es difíceis para contar.
"Na moto ficamos muito expostos, n?o tem como negar. é até o outro lado de uma viagem gostosa, com conex?o com tudo que acontece ao redor, no trajeto. Por conta dessa imers?o, a gente fica mais exposto", diz o advogado.
Marinilde diz que chegou a ficar sem combustível em uma viagem longa.
“Enchi o tanque em uma viagem de S?o Luís (MA) até Brasília (DF), mas acho que entrou muito ar e o ponteiro do combustível n?o marcou mais corretamente. Fiquei ‘no prego’ no meio do nada, sem o motor funcionar por pane seca”, diz a promotora.
A solu??o veio quando outra pessoa de moto passou e comprou gasolina em quantidade suficiente para que Marinilde pudesse chegar a um posto.
7 de 7 Gilmara Rodrigues de Lima?Gomes — Foto: arquivo pessoal
A enfermeira Gilmara Rodrigues de Lima?Gomes diz que vivenciou uma tentativa de assalto. “Eu estava voltando da faculdade, depois das 22h, quando dois rapazes se aproximaram também de moto. Acelerei bastante quando notei. Eu estava com uma amiga em outra moto e nós duas fugimos do problema”, comenta.
A professora Bruna nunca se envolveu em acidentes, mas destacou os riscos ao ser questionada sobre o tema. "O perigo de acidente é um dos maiores desafios para andar de moto", diz. Caio, por outro lado, esteve em um.
“Eu voltava do trabalho pela rodovia e um dia acordo no pronto-socorro, com o enfermeiro me avisando que eu ficaria internado para a cirurgia. Foi perda da última falange óssea do dedo mindinho, um chapa de ferro e 16 pinos. Eu simplesmente n?o lembro de nada do acidente, n?o lembro de andar de ambulancia”, revela.
Porém, o designer diz que estava consciente o suficiente para fornecer os dados pessoais para o resgate.
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