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Professores lecionam para crian?as doentes e transformam quarto de hospital em sala de aula

O projeto Classe Hospitalar atende a estudantes dos ensinos fundamental e médio da rede estadual,quina 1867 municipal e de escolas privadas dentro de hospitais da Grande Vitória.

O conteúdo é integrado ao calendário, currículo e histórico escolar do aluno. Assim, ao retornarem para a sala de aula, estar?o atualizados das matérias.

A iniciativa é uma parceria entre as secretarias de Educa??o e de Saúde, além dos hospitais onde s?o miistradas as aulas.

Um tratamento hospitalar impacta a vida de uma crian?a ou adolescente muito mais do que só a doen?a. A interna??o também afasta esses pacientes do convívio de amigos, familiares e do ambiente escolar. Um projeto no Espírito Santo, no entanto, tem como objetivo fazer com que eles tenham a possibilidade de dar continuidade aos estudos, mesmo estando no hospital e longe da escola.

Segundo a Secretaria Estadual de Educa??o (Sedu), 476 estudantes dos ensinos fundamental II e médio s?o atendidos pelo Atendimento Educacional em Regime Hospitalar por meio do projeto Classe Hospitalar.

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O programa atende a estudantes dos ensinos fundamental e médio da rede estadual, municipal e de escolas privadas dentro de hospitais da Grande Vitória. Além disso, o conteúdo é integrado ao calendário, currículo e histórico escolar do aluno. Assim, ao retornarem para a sala de aula, estar?o atualizados das matérias.

1 de 2 Projeto Classe Hospitalar garante a continuidade dos estudos para alunos internados — Foto: Reprodu??o/TV Gazeta

Quando chegam ao hospital, as crian?as s?o atendidas por uma equipe do projeto que verifica os conteúdos que ser?o passados conforme a atual rotina escolar do estudante. Atualmente, o Classe Hospitalar está disponível no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, onde foi criado em 2004, e no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha.

"A gente considera a idade do paciente, o tempo de interna??o, qual é o motivo da interna??o, se é um paciente oncológico (com cancer), se está no Centro de Tratamento de Queimados... Tudo isso é levado em considera??o. A partir daí, é feita a distribui??o dos professores", explicou pedagoga do projeto Sabrina Matias.

"Acho que o desafio é esse: ser um ponto de liga??o entre eles, a escola, a vida lá fora. Ser um ponto de normalidade aqui dentro com todas as expectativas que eles tem, porque eles s?o crian?as e adolescentes", disse a professora Alessandra André.

O estudante Otto Soares, do 7° ano, passou por um tratamento contra o cancer no Hospital Nossa Senhora da Glória. Durante os estudos de história e arte, ele p?de entrar em contato com sua ancestralidade.

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Para a m?e dele, Simone Soares, o projeto também ajudou a trazer conforto durante a interna??o. "A gente acaba fazendo amizade com as professoras e dividindo um pouco da dor. é um momento muito especial para eles aprenderem um pouco mais, e para a gente também", desabafou ela.

"é um orgulho muito grande, porque a gente vê o crescimento deles, vê eles realizando sonhos. Para a gente, é um motivo de muita alegria", disse a professora Danielly Almeida.

2 de 2 Professora Alessandra André durante uma das aulas no hospital — Foto: TV Gazeta

O diretor-geral do HINSG, Clio Venturim, também destacou aspectos do trabalho que v?o além do conteúdo acadêmico. "Todo esse trabalho gera humaniza??o e traz para o paciente a rotina de vida dele. Isso ajuda até no tratamento", disse.

A gerente de educa??o especial da Sedu, Giovanne Berger, disse que o projeto também é um meio de assegurar os direitos dos pacientes. "A gente trabalha n?o somente a educa??o, mas a saúde, assistência, direitos humanos. Nós entendemos que todo estudante tem esses direitos garantidos em lei e nós garantimos esse direito aqui", disse ela.

A iniciativa é uma parceria entre as secretarias de Educa??o e de Saúde, além dos hospitais onde s?o ministradas as aulas, e conta com o trabalho de professores especializados em educa??o hospitalar.

Esses profissionais s?o responsáveis por ministrar aulas nas dependências dos hospitais, adaptando o conteúdo de acordo com a faixa etária e as necessidades específicas de cada aluno. Normalmente, o atendimento pela Classe Escolar tem início a partir do 16o dia de interna??o.

"Estudos mostram que a continuidade dos estudos durante o tratamento hospitalar contribui para o bem-estar emocional e a recupera??o mais rápida dos pacientes. A rotina de estudos proporciona momentos de distra??o e socializa??o, além de manter a mente ativa e estimulada", apontou a Sedu, por nota.

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