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'Parece até curso de educa??o física', diz aluno de medicina sobre rotina de treinos e competi??es esportivas

1 de 3 Baterias das faculdades na Intermed 2017 — Foto: Arquivo pessoal

Depois de vencer concorridos vestibulares,écursodeeduca??ofísicadizalunodemedicinasobrerotinadetreinosecompeti??resultado da quina de s?o jo?o do ano passado os calouros dos cursos de medicina passam por outras seletivas quando chegam nas institui??es: a dos times esportivos.

A prática de esportes é muito valorizada no mundo universitário, com mais ênfase em alguns cursos como os de medicina. Assim que chegam na faculdade, os alunos s?o incentivados pelas atléticas a participar dos treinos e compor as equipes.

Quem está por lá garante que n?o há press?o para que os alunos sejam bons atletas e fa?am parte do time se n?o quiserem, mas quem decide entrar precisa ter disciplina para frequentar os treinos. No geral, atrasos e faltas n?o s?o permitidos.

“Até que nunca jogou pode entrar no time. N?o entra só quem é bom atleta, queremos todo mundo praticando algum esporte. é só treinar. Se há algum tipo de press?o é baseada na disciplina para os treinos, n?o pode chegar atrasado e faltar”, diz Augusto Duarte Romera, aluno do 3o ano de medicina e presidente da atlética da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

Ele lembra que assim que foi se matricular na faculdade já foi procurado pela atlética para saber se tinha interesse em participar de algum esporte. Desde ent?o está nas equipes de handebol e futebol de campo. Hoje ele preside a atlética e mantém a abordagem entre os calouros. "Sempre pratiquei esportes e acho muito bom. Aqui na ABC a gente leva muito a sério as competi??es, parece até um curso de educa??o física", brinca.

A FMABC é tricampe? da Intermed – uma das competi??es mais tradicionais do mundo universitário – que reúne faculdades de medicina do Estado de S?o Paulo. A edi??o de 2018 ocorre entre os dias 1 e 8 de setembro, na cidade de Franca. S?o 17 modalidades esportivas.

“Nessa época fica todo mundo mais pilhado. Fomos uma das primeiras faculdades particulares a vencer, por isso nos animamos e estamos pegando pesado nos treinos. Usamos isso até para motivar os calouros. O forte da ABC é o individual de nata??o e atletismo, mas ao longo dos anos os atletas bons se forma e saem, por isso precisamos treinar os calouros”, afirma Romera.

2 de 3 Meninas do time de futebol da Unifesp — Foto: Arquivo pessoal

Orgulho e rouquid?o

Mas n?o é só os alunos da FMABC que est?o se preparando para a Intermed. Na Universidade Federal de S?o Paulo (Unifesp), que também estará na competi??o, os treinos seguem em ritmo acelerado.

“A medicina é bem competitiva, tem gente que entra no time para ganhar a Intermed. Na parede da atlética tem as datas dos títulos e a cidade onde foram conquistados. A Intermed é um jeito de levantar o nome da faculdade, a gente veste a camisa”, conta Nicole Miyuki Futema, de 20 anos, aluna do primeiro ano de medicina da Unifesp.

Para Nicole Miyuki, as competi??es esportivas s?o uma forma de mostrar o orgulho que os alunos têm de faculdade. “Ninguém é obrigada a treinar, ninguém vai te for?ar se você n?o quiser participar, mas a partir do momento que você entra no time precisa ter comprometimento. Se o técnico e equipe acham que eu tenho condi??o de entrar para o time, precisa treinar sério.”

Nicole integra o time de futebol feminino da Unifesp – os treinos acontecem em quatro dias da semana, inclusive aos domingos. Os calouros têm op??o de frequentar três dos quatro treinos, mas faltas n?o s?o permitidas. Nem para estudar.

“Há também uma press?o própria para querer dar o seu melhor pelo time. O clima de competi??o existe, mas ver o time em quadra, a bateria tocando é divertido. Volto rouca das competi??es.”

3 de 3 Camilla Motta joga handebol pelo time feminino da Faculdade Santa Casa — Foto: Arquivo pessoal

Disputa só entre calouros

Antes da Intermed, os calouros têm um “esquenta”: a Calomed, que reúne somente os primeiro anistas de faculdades do estado e ocorre sempre no primeiro semestre do ano. S?o quatro ou cinco dias de disputa de modalidades que v?o desde xadrez e tênis de mesa até basquete e v?lei masculino e feminino. Neste ano, a Calomed foi em Americana, no interior de S?o Paulo.

Camilla Motta, de 19 anos, jogou no time de handebol da Faculdade Santa Casa. Ela praticava o esporte no ensino fundamental, mas parou depois que entrou no ensino médio e teve de se preparar para o vestibular. Junto com a vida universitária veio também o reencontro com o esporte.

“Estava sem praticar nada por causa do cursinho, por isso a parte do preparo físico foi difícil para mim. Mas eu gostei de participar porque foi a primeira intera??o com outras faculdades e foi bom para descontrair do ritmo pesado dos estudos.”

Camilla lembra que além do ganho para o corpo, o esporte também traz o benefício da intera??o social. “A maioria dos alunos da minha sala está em um ou até dois times. Além de desestressar, o esporte vira algo social. Como a gente tem uma janela de aula uma vez por semana e duas horas de almo?o por dia dá para conciliar os treinos com os estudos.”

Glossário das competi??es esportivas da medicina

DGE = diretor geral de esportesDM = diretor de modalidade Fazer bata = atuar na organiza??o nos jogos, como separar as torcidas Fun?a/ fun?ado = trabalho para fazer (exemplo: me deram uma fun?a X na Intermed, fui fun?ado)índios/ indiarada = alunos da UnifespPorcos/ porcada = alunos da USPUrsos = alunos da Faculdade de Medicina do ABCVelhos = alunos formados