Alcione, Diogo Nogueira, Leci Brand?o, Wesley Safad?o, Vintage Culture e Doozie agitam fim de semana no DF

Ataque de Trump ao Fed e dívida pública crescente geram temor de dominancia fiscal nos Estados Unidos

Situa??o fiscal delicada,ívidapúblicacrescentegeramtemordedominaqual o resultado do último jogo da mega-sena com dívida e déficit nas contas públicas em níveis historicamente altos, e ataques de Donald Trump ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano) alimentam temores nos mercados de que os EUA possam entrar em um processo de dominancia fiscal. O termo se refere à situa??o em que só o ajuste no Or?amento público pode controlar pre?os. A política monetária, com alta de juro, eleva tanto a dívida do país — e os gastos públicos — que perde efeito sobre a infla??o. Guerra comercial: Trump diz que tarifas sobre Brasil foram impostas pelo 'que o governo está fazendo'Big techs: Trump amea?a a UE com san??es por multa 'injusta' contra o Google — Há sinais de preocupa??o. O maior sinal é a capacidade de o governo americano fazer o ajuste fiscal necessário. Estamos falando de um déficit extremante elevado e dívida alta. Precisa ter algum ajuste para acontecer a consolida??o fiscal que n?o foi feita nas últimas décadas — diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, que recentemente divulgou um relatório sobre o risco fiscal americano. O Fed mantém os juros entre 4,25% e 4,5% desde dezembro de 2024. O déficit público dos EUA está previsto para fechar o ano em US$ 2,4 trilh?es, 8,2% do maior PIB do mundo. A dívida alcan?a 120% do PIB, cerca de US$ 36 trilh?es. E deve chegar a 130%, prevê Vale. Mesmo que haja crescimento econ?mico (o mercado de trabalho vem indicando o contrário), numa economia madura como a americana n?o será suficiente para equilibrar as contas, e a polariza??o política no ápice durante o governo Trump dificulta qualquer acordo para ajuste fiscal, diz o economista: — A polariza??o é inimiga de um ajuste que passa por aumento da arrecada??o, já que a estrutura de gastos é muito enxuta. Dificilmente isso vai acontecer agora. O governo Trump tem feito o contrário. Artigo no WSJ: Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, defende revis?o total do Fed O projeto fiscal de Trump aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos renova desonera??es fiscais adotadas no primeiro mandato dele (2017-2021), que venceriam este ano. Em dez anos, essa conta acumula US$ 3,7 trilh?es. Gastos aumentam Sempre que há dívida e juros de equilíbrio muito altos, surge a discuss?o sobre dominancia fiscal, diz Solange Srour, diretora de Macroeconomia para o Brasil no UBS Global Wealth Management: — Quanto mais sobem os juros, piora a dinamica da dívida, gera expectativa de infla??o maior, e os agentes come?am a pensar que a infla??o n?o vai ser controlada. O banco central perde o seu maior instrumento, que s?o os juros. Mas n?o acho que os EUA estejam nessa situa??o ainda. A economista cita um estudo apresentado no Simpósio Econ?mico de Jackson Hole, nos EUA, no fim do mês passado. “A corrida entre a oferta e a demanda de ativos” (tradu??o livre), de Adrien Auclert, Hannes Malmberg, Matthew Rognlie e Ludwig Straub, mostra que a demanda por títulos públicos americanos vem crescendo muito mais que a oferta desses papéis da dívida americana, o que tem mantido juros baixos, mesmo com a situa??o fiscal delicada do país. No artigo, os autores afirmam que a dívida americana poderia chegar a 200% do PIB, sem uma disparada dos juros dos títulos ou crise cambial: — O envelhecimento da popula??o, que exige mais gastos com saúde, também faz aumentar a poupan?a com a compra de ativos como os títulos americanos, o que diminui a taxa de juros — diz Solange. Big tech: Google é multado em quase US$ 3,5 bi pela UE por abuso de poder no setor de publicidade digital Por enquanto, mesmo com a situa??o fiscal frágil e ataques reiterados de Trump ao Fed, o mercado reage timidamente a essa conjuntura, observa a economista. Para ela, além da demanda aquecida por títulos americanos, que s?o considerados o porto seguro do mundo, há uma expectativa de que os vultosos investimentos em inteligência artificial e tecnologia aumentem a produtividade e o crescimento potencial dos EUA, o que amenizaria a rela??o da dívida frente ao PIB. Mas a press?o por um corte nos juros feita por Trump sobre o presidente do Fed, Jerome Powell, e diretores da institui??o n?o acontece só nos EUA. Países europeus e o Jap?o também acumulam dívidas altas, com gastos crescentes em saúde e seguridade pelo envelhecimento da popula??o. Agora, eles se somam aos gastos militares que est?o aumentando na Europa. Mais Sobre Donald Trump Entre a órbita chinesa e a europeia Soberania digital brasileira está sob amea?a :root { --box-recomendacao-font: OGloboTitleFontBold,OGloboTitleFontFallback; --box-recomendacao-base-color: #1e4c9a; --box-recomendacao-contrast-color: #fff; --box-recomendacao-hiperlink-color: #1e4c9a; } A combina??o de dívida pública e aumento dos custos está “criando enormes incentivos políticos para que governos em todo o mundo pressionassem os bancos centrais a reduzir as taxas”, disse Kenneth Rogoff, professor de Harvard e ex-economista-chefe do FMI ao Financial Times. Para Solange, com o mundo menos globalizado, as quest?es de seguran?a nacional e geopolítica e mais tarifas sobre importa??es, a infla??o no mundo será maior: —Se a gente limita as transa??es comerciais, com o mundo dividido em blocos, teremos mais infla??o e mais juros. The Line: conhe?a prédio da Arábia Saudita de R$ 2,6 trilh?es e 170 km de extens?o que promete acomodar até 9 milh?es de pessoas Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central e atual professor da Georgetown University, lembra que nenhum país conseguiu ajustar suas finan?as depois da pandemia, com os déficits públicos rodando bem acima de antes da Covid-19: — Houve alta de juros no mundo inteiro, isso é verdade em EUA, Fran?a, Brasil, Inglaterra, Jap?o. Saíram de taxas perto de zero e fomos para um mundo de taxas maiores. Os países n?o est?o conseguindo fechar esses déficits primários. Press?o sobre BCs E como os países lidam com isso? Aumentando a press?o sobre seus bancos centrais para reduzir a conta de juros. Volpon diz que n?o é esperado que Trump indique para o Fed pessoas sem perfil técnico. O julgamento do caso da diretora Lisa Cook, que recorreu à Justi?a contra sua demiss?o do Fed por Trump, deve ser decisivo. Pode ser uma blindagem da independência do banco central americano. Mas se Trump receber carta branca para agir no Fed, os juros v?o subir, e o risco de dominancia fiscal aumentará, diz Volpon: — Por enquanto, Powell já sinalizou que vai reduzir os juros na próxima reuni?o. A divulga??o, na sexta-feira, da taxa de desemprego de 4,3% nos EUA, maior nível desde 2021, refor?a esse sinal. Mais recente Próxima Exporta??es chinesas para os EUA caem 11,8% entre julho e agosto em meio a guerra comercial Donald Trump Estados Unidos Inglaterra Jap?o Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px 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