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Laboratório do Ifes identifica sabor, aroma, categorias do café e prop?e a produtores do ES melhorias no cultivo

O espa?o inaugurado no final de mar?o também fortalece a educa??o e a pesquisa na área,óriodoIfesidentificasaboraromacategoriasdocaféeprop?jogo na nuvem além de aprimorar técnicas de produ??o de cafés especiais.

Com equipamentos modernos de análise, os estudantes e pesquisadores conseguem avaliar o gr?o pós-colheita para identificar perfis de qualidade, escalas de sabor, aroma e cor.

O investimento para cria??o do Laboratório da Ciência do Café, que fica em Santa Teresa, foi de cerca de R$ 700 mil.

Os cafeicultores capixabas ganharam um novo laboratório que ajuda a melhorar a qualidade do café e também facilitar a avalia??o dos gr?os. Antes, os gr?os precisavam ser enviados para locais mais distantes, o que aumentava os gastos e desestimulava os agricultores a entenderem o potencial do produto que estavam cultivando.

O espa?o fica no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Santa Teresa, na Regi?o Serrana do Espírito Santo, e foi inaugurado no final de mar?o. O laboratório também fortalece a educa??o e a pesquisa na área, além de aprimorar técnicas de produ??o de cafés especiais.

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Com equipamentos modernos de análise, os estudantes e pesquisadores conseguem avaliar o gr?o pós-colheita para identificar características como perfis de qualidade, escalas de sabor, aroma e cor.

1 de 5 Laboratório da Ciência do Café do Ifes em Santa Teresa, Espírito Santo — Foto: Reprodu??o/TV Gazeta

A coordenadora do laboratório, Luciléa Silva dos Reis, comentou que as a??es feitas no local ajudam a classificar se o café para saber se o gr?o se enquadra nas categorias tradicional, superior, gourmet ou especial, além de dar notas ao produto e propor melhorias aos cafeicultores.

"O laboratório da Ciência do Café n?o trabalha só a quest?o da prova e da análise dos gr?os. Ele também trabalha toda quest?o de produ??o de mudas, de campo, tudo que envolve o processo de café. Atualmente, por exemplo, nós estamos trabalhando com análise de regi?es específicas sobre qualidade da bebida. Temos na regi?o de Santa Teresa, a regi?o de Córrego Seco e Alto Caldeir?o, onde nós vamos avaliar a qualidade da bebida do café conilon em diferentes altitudes. Temos cafés de Jaguaré sendo analisados aqui, e também estamos avaliando lotes diferentes de café de todo o Espírito Santo para a qualidade do café expresso.

O investimento para cria??o do Laboratório da Ciência do Café foi de cerca de R$ 700 mil. O espa?o conta com o apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extens?o Rural (Incaper) por meio do Centro de Cafés Especiais do Espírito Santo (Cecafes).

Pesquisa e tradi??o

2 de 5 Laboratório da Ciência do Café em Santa Teresa, Espírito Santo, é uma parceria do Ifes com o Incaper — Foto: Reprodu??o/TV Gazeta

A Regi?o Serrana do estado é marcada pelo cultivo do café, e das montanhas capixabas saem bebidas de alta qualidade que se destacam em todo o país.

E para comprovar essa qualidade, profissionais capacitados pelo Incaper realizam o trabalho de separa??o e análise dos gr?os para ajudar o produtor.

Os alunos e pesquisadores do Campus do Ifes na cidade já desenvolviam trabalhos voltados para o pós colheita, mas havia a necessidade de mandar as amostras para análise no Laboratório do Centro de Cafés Especiais do estado, que fica em Venda Nova do Imigrante, há mais de 70 quil?metros.

Qualquer produtor pode entrar em contato com o laboratório e levar os gr?os para a análise.

"A gente tem uma preocupa??o muito grande com o café, o produto. N?o só com a quantidade, mas com a qualidade. E pra gente entender a qualidade do café, a bebida, a gente precisa fazer a análise. Agora com o equipamento aqui a gente vai receber amostras dos nossos produtores para terem o laudo e aí eles v?o conhecer a qualidade do produto que eles v?o estar comercializando", destacou o diretor geral do Ifes de Santa Teresa, Ednaldo Miranda de Oliveira.

3 de 5 Laboratório da Ciência do Café do Ifes em Santa Teresa, Espírito Santo, vai ajudar produtores a melhorarem a qualifica??o do café — Foto: Reprodu??o/TV Gazeta

Para o funcionamento do laboratório, a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econ?mico de Santa Teresa doou equipamentos essenciais e emendas parlamentares garantiram o financiamento do projeto.

Atualmente, o espa?o trabalha com 24 propriedades, dez em Jaguaré, seis em córrego seco, seis em Alto Caldeir?o, uma no Mangangá e uma em S?o Roque do Cana?, todas de Conilon.

Além disso tem amostras para café espresso que vai envolver pelo menos dez propriedades de café arábica.

A Amanda Mariani é uma das alunas que utiliza o objeto de estudo, que s?o os gr?os de café para realizar a tipifica??o, e a partir disso, ajudam na orienta??o para os produtores.

"Cada gr?o a gente come?a classificando seguindo os defeitos dele. Seguimos a folha onde tem alguns defeitos preto, preto verde, brocado. Ent?o a gente come?ar a fazer essa separa??o deles. Depois de feito isso, a gente conta essa quantidade de defeitos e come?a a classificar o café como a gente conhece ele no mercado. Isso influencia no pre?o e na qualidade do café", pontuou.

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De acordo com a coordenadora do laboratório, ao conhecer melhor as qualidades do próprio café, o produtor consegue valorizar o produto e lucrar ainda mais com a venda.

"Quando a gente retira o café da regi?o de só como commoditie, de vender pelo pre?o básico praticado pelo mercado, o café de qualidade, o produtor vai ter um nicho específico de mercado que está disposto a pagar pre?os melhores. Ent?o, com poucas a??es dentro da propriedade, e essa capacidade que o produtor vai ter nesse acesso ao laboratório, de poder mapear a qualidade do café dele de tempos em tempos, ele consegue entregar um café de melhor pre?o e traz uma maior autonomia para a propriedade rural", afirmou a coordenadora.

4 de 5 Produtores de café v?o poder analisar qualidade do produto em laboratório do Ifes inaugurado em Santa Teresa, Espírito Santo — Foto: Reprodu??o/TV Gazeta

A estudante de agronomia Vitório Augusto Menegardo é filho de cafeicultores e resolveu avaliar o café produzido na cidade onde nasceu, Jaguaré, no Norte do estado.

"A minha pesquisa tem o intuito de tra?ar o perfil sensorial do café conilon em uma determinada localiza??o em Fátima, no município de Jaguaré. A gente pegou amostras de dez produtores para fazer uma representativa daquele local", afirmou.

Com os resultados da pesquisa, a família dele e de outros produtores analisados descobriram que tinham potencial para aumentar a classifica??o do café que produzem.

"Meu pai é produtor de café desde sempre. Ent?o agora eu estou tendo a oportunidade de trabalhar com o nosso café. Ele sempre foi produ??o para venda, a gente nunca visou a quest?o do café bebida. E agora estou tendo essa oportunidade de trazer o meu café, estudar e ver o que eu posso agregar nele", finalizou.

5 de 5 Estudantes trabalham com análise de gr?os de café para ajudar na classifica??o do produto em laboratório no Espírito Santo — Foto: Reprodu??o/TV Gazeta

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