Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no ES
jjugiaufu
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h40)Produtores rurais do Espírito Santo est?o conseguindo driblar a sazonalidade e garantir a produ??o d
Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no ES
Produtores rurais do sonhar com escorpi?o jogo do bicho númeroEspírito Santo est?o conseguindo driblar a sazonalidade e garantir a produ??o de abacate o ano inteiro.
O segredo está no investimento em diferentes variedades da fruta e no uso estratégico da geografia.
Variedades como o Geada, de S?o Paulo, e o Margarida, originário do norte do Paraná, além de frutos nativos do estado, podem ser encontrados em uma mesma propriedade capixaba.
No alto das montanhas do Espírito Santo, produtores rurais est?o conseguindo driblar a sazonalidade e garantir a produ??o de abacate o ano inteiro. O segredo está no investimento em diferentes variedades da fruta e no uso estratégico da geografia.
Variedades como o Geada, de S?o Paulo, e o Margarida, originário do norte do Paraná, além de frutos nativos do estado, podem ser encontrados em uma mesma propriedade capixaba. E, cultivados em altitudes diferentes, acabam sendo colhidos ao longo de todo o ano.
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Venda Nova do Imigrante, na regi?o Sul, é o principal município produtor do estado. O clima tropical/subtropical e a localiza??o nas montanhas, favorece o cultivo do fruto.
O doutor em entomologia e especialista na cultura do abacate, Maurício Fornazier, explicou porque esse conjunto de características geográficas é uma vantagem.
“A cultivar Geada, por exemplo, produz entre janeiro e mar?o em altitudes de 700 a 800 metros. Já a Margarida, que é colhida entre setembro e novembro, pode fechar o ano se for plantada em regi?es mais altas. Ou seja, unindo as áreas de menor e maior altitude, temos praticamente 365 dias de colheita”, explica o especialista.
1 de 6 Venda Nova do Imigrante é destaque na produ??o de abacate no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
O Espírito Santo, foi o quarto maior produtor de abacate do Brasil em 2023, colheu 34.126 toneladas, um aumento de 36,55% em rela??o ao ano anterior.
Seis tipos de abacate em uma mesma propriedade
Na propriedade do agricultor Alberto Faqueto, em Venda Nova do Imigrante, seis variedades de abacate s?o cultivadas. De acordo com o produtor, para chegar nesse número foi preciso experimenta??o.
“Nós selecionamos 40 variedades e testamos. No final, sobraram seis. Quatro s?o da própria regi?o, temos um quintal nativo, que se adaptou muito bem. E tem também o Geada e o Margarida”, relatou.
2 de 6 Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
Faqueto também destacou que, embora o abacate n?o exija cuidados diários intensivos, é essencial monitorar a planta??o.
“Semanalmente, pelo menos, a gente precisa passar na lavoura e observar o que está acontecendo. Sempre pode surgir alguma novidade”, diz.
A colheita ainda é majoritariamente manual. Os frutos mais baixos dos pés s?o retirados com as m?os, enquanto os mais altos precisam de uma vara com rede na ponta.
Diferen?a no período de colheita
Em propriedade com altitude de 600 metros, em média, a colheita come?ou em dezembro, seguindo até mar?o.
“Antes do Natal, algumas ro?as já estavam colhendo o Geada e estava com uma qualidade muito boa, excelente, desenvolveu bem. Na maioria das ro?as 70% do geada já foi colhido, só fica com os pequenos que daqui uns dias v?o também”, apontou o especialista, Maurício Fornazier.
3 de 6 Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
Já na propriedade como a do produtor, Miguel Quaioto, que fica em uma regi?o mais alta, em mar?o, o abacate Geada ainda n?o estava sendo colhido.
"Aqui como é mais alto, aqui estamos a aproximadamente mil metros de altitude, a variedade Geada chega mais tarde aqui, ainda n?o estamos colhendo nenhum até agora”, relatou Quaioto.
Aliados naturais contra pragas
Para garantir uma colheita saudável, os produtores também apostam em consórcios com outras culturas. Na propriedade do Miguel, abacateiros, bananeiras e pés de café dividem espa?o.
“A matéria organica de um serve para o outro. Um faz sombra, outro serve de barreira para pragas. é uma troca constante”, explicou.
Além disso, a diversidade no plantio atrai predadores naturais, como joaninhas e pássaros, que ajudam no controle biológico de pragas.
4 de 6 Consórcio da produ??o do abacate com o café e a banana é utilizado no Espírito Santo para proteger a produ??o de pragas. — Foto: TV Gazeta
Segundo Fornazier, atualmente, existem duas principais doen?as que oferecem risco para produ??o de abacate.
Uma delas é a ferrugem do abacateiro, mas, essa tem a vantagem de n?o comprometer a qualidade do fruto, apenas na aparência.
“Essa doen?a precisa ser controlada pelo produtor quando o frutinho é novo, porque ela só dá no fruto novo e causa só a deteriora??o da aparência do abacate, o que a gente chama de conspurca??o. Mas, se você pegar um abacate desse maduro, ele tá t?o bom quanto qualquer abacate”, disse o especialista.
5 de 6 A broca do abacate é uma das principais doen?as que oferece risco para produ??o da fruta no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
Outro problema é a broca, que ataca desde a fruta nova até a época da colheita, e precisa ser considerada com mais aten??o.
"Come?a a ter uma pequena infesta??o, aí o produtor fala assim ‘tá t?o pouco que n?o vou controlar’. Mas, quando chegar na cultivar que vem depois, a popula??o desse inseto vai se multiplicando e crescendo. E quanto mais tarde o abacate produz, mais suscetível ele é para infesta??o da praga, é uma característica da cultivar, n?o há nada no manejo que possa ser feito”, indicou Fornazier.
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Clima indicado para n?o antecipar a colheita
O abacateiro cresce melhor em regi?es de clima quente e úmido, com temperaturas entre 15°c e 30°c. Durante o desenvolvimento a planta precisa de bastante luz do sol.
Embora a cultura goste de chuva ao longo do ano, o excesso de água pode prejudicar a planta. A regi?o serrana do Espírito Santo tem essas características.
6 de 6 Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
Mesmo com a seca maior que o previsto no ano passado, o coordenador do Incaper, Evaldo de Paulo, disse que a produtividade se manteve boa.
"Devido a fatores climáticos, a temperatura muito alta provocou a matura??o mais precoce. Quando chegou o final do ano passado já n?o tinha praticamente abacate no mercado, e o pre?o foi lá em cima”, indicou.
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