'O diagnóstico de cancer é sempre um choque, mas n?o vemos mais tantos pacientes desesperados', diz oncologista
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h11)Com 50 anos de prática médica, o oncologista Sergio Simon testemunhou a evolu??o na diagnose e no tr
'O diagnóstico de cancer é sempre um choque, mas n?o vemos mais tantos pacientes desesperados', diz oncologista
Com 50 anos de prática médica,ósticodecancerésempreumchoquemasn?fusk i poker o oncologista Sergio Simon testemunhou a evolu??o na diagnose e no tratamento do cancer no país. Em entrevista ao GLOBO, ele aponta que, embora a aten??o oncológica tenha inegavelmente melhorado, ainda há desigualdades regionais a serem superadas. Enquanto nas grandes cidades os centros especializados prestam servi?o de excelência, a assistência em municípios menores n?o segue o mesmo padr?o. Um dos fundadores do Grupo Brasileiro de Estudos Clínicos em Cancer de Mama (GBECAM) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Simon, oncologista da Oncoclínicas&Co, ressalta que é fundamental aperfei?oar a forma??o médica no Brasil, para aumentar as chances de detec??o precoce de tumores. Ele também defende mais investimentos nas equipes de cuidados paliativos, que atendem pacientes em fase final da doen?a. Como vê a evolu??o da aten??o oncológica no país nas últimas cinco décadas? Há 50 anos, o diagnóstico era trancado a sete chaves, para que o paciente n?o soubesse que tinha cancer. Hoje, a conduta é discutida abertamente com o paciente, e ele participa das decis?es terapêuticas. A opini?o dele é muito levada em conta. A aten??o oncológica melhorou muito no país nesse período, com o desenvolvimento de uma especialidade específica chamada oncologia clínica e com o aumento do número de cirurgi?es e radioterapeutas formados para atender especificamente esses pacientes. O aparecimento de programas de detec??o precoce também tem melhorado bastante, mas ainda é falho no país como um todo, principalmente no sistema público. E que grandes desafios persistem nos dias de hoje? O maior é manter uma igualdade na distribui??o dos cuidados da doen?a. No sistema público, existe grande disparidade de tratamentos oferecidos em centros especializados e em locais mais distantes das grandes capitais. é de extrema importancia levar qualidade assistencial a todo o país. Além disso, o tratamento se tornou extremamente caro, onera toda a sociedade: tanto aqueles que pagam planos de saúde particulares como os pacientes do sistema público. O pre?o aumentou, em alguns casos, até cem vezes o que custava 50 anos atrás. O ideal seria reduzir os custos do tratamento, permitindo uma distribui??o mais acessível e democrática em todo o país A seu ver, a forma??o dos clínicos precisa ser aprimorada, para que cres?a a chance de diagnósticos precoces? Sem dúvida, é essencial aprimorar a forma??o de todos os médicos, incluindo os clínicos gerais, para que possam diagnosticar o cancer na fase mais precoce possível, por meio de exames de rastreamento que, muitas vezes, n?o s?o solicitados. Por isso, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica tem refor?ado a importancia dos programas de detec??o precoce, voltados tanto para os pacientes quanto para os próprios clínicos gerais. Falta acesso aos tratamentos mais modernos pelo Sistema único de Saúde? Como lidar com restri??es or?amentárias? O SUS tem se esfor?ado para introduzir, por exemplo, imunoterapia para os casos bem indicados. é um tratamento caro, mas bastante eficaz em casos de melanoma, e já está à disposi??o de pacientes. Outros medicamentos de alto custo também foram incorporados ao tratamento pelo SUS. Mas, evidentemente, os altos pre?os das novas drogas podem ser proibitivos, e muitas delas n?o mudam a sobrevida do paciente de maneira definitiva. Devemos valorizar esses esfor?os do SUS nessa área. é preciso aumentar os investimentos em pesquisa clínica? A pesquisa clínica é uma área extremamente importante para o bom atendimento dos pacientes oncológicos. Permite que se utilizem tratamentos inovadores de maneira gratuita para pacientes com determinadas características. Isso alivia a carga financeira do SUS, porque o tratamento é pago pela indústria farmacêutica interessada em desenvolver drogas novas. Em alguns países, como a Rússia, as mulheres com cancer de mama metastático s?o tratadas em 40% dos casos através de pesquisa clínica. Isso também gera um importante conhecimento em como a nossa popula??o reage a determinados tratamentos. Essas pacientes em pesquisa clínica s?o acompanhadas com muito cuidado, e isso nos fornece informa??es de boa qualidade para que possamos conhecer a situa??o do paciente brasileiro em rela??o a novos tratamentos. Vivemos na era das fake news. Considera que ainda se dissemina muita informa??o falsa sobre cancer? Tem quem ainda propague que determinados chás podem trazer a cura… Certamente, ainda circulam. é o caso da fosfoetanolamina, conhecida como a “pílula milagrosa contra o cancer”, que ganhou destaque no país há alguns anos, mas cujos estudos comprovaram n?o ter eficácia. Ela ainda continua sendo comentada em fóruns da internet, o que é uma pena, porque leva pacientes a irem atrás de tratamentos n?o eficazes. De qualquer maneira, a informa??o de boa qualidade está à disposi??o da popula??o na internet e isso é muito bom. Daqui a dez anos, o cancer vai se tornar a principal causa de morte no Brasil, segundo estimativas. Superamos o tempo em que a doen?a era vista como uma senten?a de morte? O medo do cancer é cada vez menor na popula??o geral, porque praticamente todo mundo conhece casos bem sucedidos de tratamentos oncológicos e convive com pessoas que passaram por isso e est?o muito bem. é claro que o diagnóstico de cancer é sempre um choque para a pessoa, mas n?o é mais t?o comum ver pacientes desesperados: eles tendem a se informar, discutir com os médicos, saber as op??es terapêuticas e o seu prognóstico de uma maneira mais tranquila, mais bem informada do que acontecia no passado. E os cuidados paliativos, ganharam nova dimens?o? Existe um movimento de desmistifica??o da tese de que estes pacientes n?o têm mais chance de sobreviver. Os cuidados paliativos s?o um instrumento de extrema valia no tratamento dos pacientes oncológicos. Uma vez que n?o exista mais possibilidade de melhora ou de cura, ele passa a ser acompanhado por uma equipe especializada em aliviar os sintomas da doen?a. Muitos pacientes temem os sintomas dessa fase final da doen?a, e os cuidados paliativos existem justamente para oferecer conforto e tornar essa etapa o mais tranquila possível. é importante destacar que muitos convivem com essa condi??o por anos. é muito importante que o servi?o de oncologia disponha de uma equipe especializada no tratamento paliativo. ?é comum que pacientes em remiss?o ou curados digam que a vida foi ressignificada. Cinquenta anos depois, esses relatos ainda o comovem? Como disse, o diagnóstico de cancer é sempre um choque para o paciente, e para muitas pessoas ele significa uma revis?o de todos os seus objetivos de vida, causando realmente uma mudan?a para melhor em alguns pacientes. N?o é raro pacientes curados falarem: “poxa, que bom que eu tive esse cancer de mama e pude melhorar minha qualidade de vida de uma maneira t?o expressiva”. Essa é uma frase que a maioria dos oncologistas já ouviu. é uma pena que as pessoas tenham que passar pelo susto do diagnóstico de cancer para rever a sua vida e a sua qualidade de vida, mas é o que acontece. Mais recente Próxima Casos de cancer de mama crescem, mas mortalidade diminui, dizem especialistas em live do Outubro Rosa Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ 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