Professor de música do MA monta 'bandinha' com alunos e viraliza com clássicos do rock nacional
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h34)Antonyel Pacheco, de 40 anos, montou uma “bandinha” com seus próprios alunos e viralizou nas redes s
Professor de música do MA monta 'bandinha' com alunos e viraliza com clássicos do rock nacional
Antonyel Pacheco,úsicadoMAmontabandinhacomalunoseviralizacomcláapprendre a jouer au poker de 40 anos, montou uma “bandinha” com seus próprios alunos e viralizou nas redes sociais com covers de rock nacional.
O professor nasceu em Grajaú, no interior do Maranh?o, e há mais de 20 anos dá aulas de música.
A ideia de montar a “bandinha” e gravar os vídeos surgiu dentro da própria sala de aula, que fica na sua casa, e também de uma vontade antiga de ter uma banda de rock.
Para o professor, o rock vai além de um gênero musical, é quase uma “filosofia de vida”. Ele explica que o rock tem uma “l(fā)inha”, uma essência que envolve uma vivência quase religiosa.
Os instrumentos podem até ser pequenos, mas o som é de gente grande. Em S?o Luís, o professor Antonyel Pacheco, de 40 anos, encontrou no rock nacional uma forma criativa de ensinar música para crian?as, e montou uma “bandinha” com seus próprios alunos. Veja acima.
??No Dia Mundial do Rock, celebrado neste domingo (13), conhe?a a história do projeto que saiu da sala de aula direto para a internet, onde viralizou com vídeos que já acumulam milh?es de visualiza??es.
Em entrevista ao g1, o professor contou que a ideia de montar a “bandinha” e gravar os vídeos surgiu dentro da própria sala de aula, que fica na sua casa, e também de uma vontade antiga de ter uma banda de rock.
"Eu sempre quis montar uma banda de rock. Quando percebi que meus alunos tinham potencial, juntei todo mundo e come?amos a ensaiar. Foi daí que nasceu a ideia da bandinha", conta o professor.
Antonyel nasceu em Grajaú, no interior do Maranh?o, e há mais de 20 anos dá aulas de música para crian?as e adolescentes. Além de músico, é advogado por forma??o e integra há 16 anos a Companhia Barrica, grupo cultural tradicional do estado.
“Eu sempre brincava, porque queria muito montar uma banda para fazer esse tipo de trabalho. Cheguei a ensaiar com alguns amigos incríveis, músicos maravilhosos, mas nunca dava certo por várias quest?es. E quando olhei para os meus alunos, pensei: por que n?o? Por que n?o aperfei?oar isso e usar a aula para colher bons frutos?”, lembra.
??Como tudo come?ou
Autodidata desde cedo, o professor conta que aprendeu a tocar observando o pai, também músico. Aos 13 anos, ainda em Grajaú, montou sua primeira banda, de forró, com amigos da mesma idade, fazendo covers de grupos como Mastruz com Leite e Lim?o com Mel. A paix?o pelo ensino veio logo depois, aos 16 anos, quando come?ou a dar aulas para outros colegas e nunca mais parou.
“A ideia de lecionar música, de dar aula lá atrás, lá nos anos 2000, ela surge do interesse de tocar algo diferente, né? eu sempre quis montar uma banda de rock, pra dizer a verdade. Eu ensinei alguns amigos, e montamos uma banda em homenagem à Legi?o Urbana, chamada Zona Urbana, era uma banda que fazia covers da Legi?o Urbana”, conta.
Segundo o professor, além do desejo antigo de formar uma banda, o que ajudou na cria??o do grupo foi a percep??o de que alguns alunos demonstravam evolu??o musical e compartilhavam da mesma vontade. “Eles vinham com a mesma gana, com a mesma ideia”, lembra.
A banda é composta por David Claro nos vocais, Yuri Guimar?es na guitarra, Bernardo Damasceno na bateria e Benjamin Furtado no teclado.
A grava??o dos vídeos, segundo ele, faz parte da metodologia de ensino, como uma etapa do processo de aprendizado em que os alunos s?o preparados para registrar o resultado do que foi ensinado. Ele afirma que as publica??es nas redes sociais surgiram naturalmente, com a inten??o de mostrar o processo mais puro possível das aulas, registrando o progresso de cada aluno.
“O vídeo é o recital do aluno, que ele apresenta e mostra o que ele precisa evoluir e o que n?o precisa”, explica.
As aulas acontecem em uma sala reservada na casa do próprio professor. Com o passar dos anos, o projeto ganhou equipamentos melhores, como interfaces de áudio e microfones de qualidade, o que ajudou a ampliar o alcance dos vídeos.
“O vídeo bateu 10 mil, nossa que legal, a gente comemorava. Esse bateu tantos mil, a gente comemorava. Ent?o foram passos de cada vez, assim, tudo bem pensado. E isso passou a mudar muita coisa na vida, na rela??o”, relembra.
1 de 3 As aulas acontecem em uma sala reservada na casa do próprio professor, com um repertório musical que transita por diversos gêneros — Foto: Arquivo Pessoal
??O rock como filosofia
Para o professor, o rock vai além de um gênero musical, é quase uma “filosofia de vida”. Ele explica que o rock tem uma “l(fā)inha”, uma essência que envolve uma vivência quase religiosa, n?o no sentido tradicional, mas na intensidade com que quem o vive incorpora seus valores.
“O rock, como eu falei, ele é uma linha filosófica que te abre a mente. Ele te coloca num patamar diferente para que você possa ter os pés no ch?o e fazer uma autocrítica de tudo, através das letras, através do som da guitarra pesada. Ele é rebelde, ele se rebela, ao mesmo tempo ele fala de amor” afirma o professor.
Por esse motivo, segundo o professor, é possível manter o rock nacional presente na vida das novas gera??es.
“Isso traz meio que uma miss?o de passar isso para frente para as crian?as, para que elas também possam vivenciar e sentir esse prazer incrível de ouvir uma boa música, de ouvir um bom rock. E tentar incentivá-los para que também possam passar para frente”.
Segundo o professor, o resultado das aulas está na sensibilidade, na escuta, na percep??o emocional e na autonomia que os alunos desenvolvem com o tempo, através do modelo multi-instrumental. Ele ressalta ainda que, apesar dos desafios, o apoio dos pais é fundamental para o sucesso do projeto.
“Porque o resultado das aulas n?o é só a mecaniza??o, n?o é só que o aluno aprenda a mecanizar, a tocar. Há alunos que desenvolvem bastante alguns instrumentos. [..] é como a introdu??o alimentar de uma crian?a. A crian?a, no come?o, ela se mela toda, ela n?o sabe segurar, ela precisa de ajuda. E com o passar do tempo, ela vai desenvolvendo, vai come?ando a se alimentar sozinha, chega um certo ponto em que ela tem autonomia para escolher o que quer comer. E esse é o princípio das nossas aulas.”
2 de 3 Um dos vídeos, em que a banda toca “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas, considerado o pai do rock nacional, chamou a aten??o da filha do cantor, Vivían Seixas — Foto: Arquivo Pessoal/Montagem g1
O vocalista da bandinha, David Claro, de apenas 8 anos, é um dos exemplos de como o sentimento é parte do grupo. Segundo o professor Antonyel, quando sobe no palco, ele vive o que está fazendo.
“Quando ele pega o microfone, ele vive o rock. Ele sente, ele expressa com a alma. Essa essência é a melhor forma de mostrar às pessoas que o rock é importante e deve ser levado para as próximas gera??es.”
Um dos vídeos, em que a banda toca “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas, considerado o pai do rock nacional, chamou a aten??o da filha do cantor, Vivían Seixas. No comentário, ela disse: “Chorei aqui, sorri aqui! Viva a Gera??o da Luz! Viva Raul!!! Amei, amei, amei! Quero contratar.”
Em vídeo enviado ao g1, David também explicou, do seu jeito, como funcionam as aulas: “A gente ouve a música, a gente pega e a gente expressa, n?o verbalmente, mas expressando do nosso jeito.”
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Caminhos e projetos para o futuro
3 de 3 O professor Antonyel e os alunos participaram do Festival LED - Luz na Educa??o, uma iniciativa da Globo com a Funda??o Roberto Marinhoo — Foto: Arquivo Pessoal
O sucesso da bandinha ganhou propor??es nacionais, e o grupo foi convidado para se apresentar no Festival LED, promovido pela TV Globo em parceria com a Funda??o Roberto Marinho, que aconteceu nos dias 13 e 14 de junho, no Museu do Amanh?, no Rio de Janeiro. A experiência, segundo ele, foi inesquecível.
“é difícil traduzir em palavras como foi a experiência, que foi incrível. [..] Foi tudo mágico, foi tudo perfeito. A viagem, foram três dias... os meninos, as crian?as, vivenciaram os passeios. Foi a realiza??o do meu sonho em pessoa”, disse.
Antonyel conta que abriu m?o da advocacia para se dedicar integralmente à música. Segundo ele, há muitos planos para o projeto, incluindo a expans?o da bandinha e a cria??o de outras turmas e formatos dentro da escola. No entanto, ele prefere que esse crescimento aconte?a com calma.
“é aquela coisa de você fazer um produto bom e, de repente, as pessoas come?am a gostar. Aí você tenta expandir para muita gente, mas n?o tem material suficiente. Você acaba tendo que improvisar e, no fim das contas, perde a qualidade”, explica o professor
Benefícios da música para o desenvolvimento infantil
Além de emocionar e entreter, a música também tem um papel fundamental no desenvolvimento das crian?as. Ao g1, a psicóloga Dra. Dayse Marinho Martins explicou que ela contribui para a forma??o cognitiva, emocional e social dos pequenos, seja no ambiente escolar ou em projetos como o da banda.
??Veja os principais benefícios da música para o desenvolvimento infantil, segundo a profissional:
Estímulo ao desenvolvimento cerebral: por meio de conex?es neurais relacionadas à linguagem, memória, emo??o e coordena??o motora.Melhoria da memória e da concentra??o: Aprender letras, ritmos e melodias ajuda a exercitar a memória de curto e longo prazo, além de melhorar o foco.Fortalecimento da linguagem e da comunica??o: Cantar e escutar músicas favorece a pronúncia, o vocabulário, a entona??o e a consciência fonológica, habilidades básicas para a alfabetiza??o.Escuta ativa: a música treina o ouvido para distinguir sons, melodias, timbres e ritmos, o que contribui para a percep??o auditiva e a aten??o aos detalhes.?Coordena??o motora e percep??o corporal: os ritmos melhoram o controle motor fino e grosso, além da lateralidade e no??o espacial.Criatividade e imagina??o: estimula a criar, improvisar, inventar sons, coreografias e histórias — habilidades fundamentais para a resolu??o de problemas e express?o artística.Regula??o emocional e bem-estar: estimula a expressar, nomear, sentir e regular emo??es, sendo ferramenta poderosa de autocuidado.Assertividade: sensibiliza para a empatia, a coopera??o, o respeito ao outro, estimula a cria??o de vínculos afetivos essenciais para a socializa??o.?No??o de tempo e ritmo: introduz a vivência de conceitos como sequência, repeti??o, tempo e ritmo, que além da consciência histórica s?o importantes também para a matemática e a organiza??o do pensamento.?Amplia??o cultural: fomenta o contato com diferentes culturas, idiomas, histórias e valores, estimulando sensibilidade e respeito à diversidade.
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